São Paulo, 26 de maio de 2023 – A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) revogou seu apoio às manifestações programadas pelo Movimento Brasil Livre (MBL) em apoio ao deputado cassado Deltan Dallagnol (União Brasil-PR) no dia 4 de junho. Durante uma transmissão ao vivo no Instagram, Zambelli revelou ter voltado atrás após receber um pedido por escrito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Bolsonaro me pediu por escrito para não realizar a manifestação. Não houve consulta ao Bolsonaro para definir a data da manifestação, e isso foi um erro. Estão me chamando de traidora, mas eu sei que não sou. Nós erramos ao não conversar com Bolsonaro antes. Se ele disse para não irmos, então não iremos”, declarou a deputada.
Embora tenha retirado a convocação para o evento, Zambelli pediu aos seus seguidores que não desistissem de apoiar Deltan Dallagnol.
A mudança de posição da congressista ocorreu após ela receber críticas de apoiadores do ex-presidente, que a chamaram de “traidora”. Um dos críticos de Zambelli foi o ex-ministro das Comunicações, Fábio Wajngarten, que afirmou em uma postagem no Twitter que era necessário avaliar quem realmente esteve ao lado do governo nos últimos quatro anos antes de apoiar e promover manifestações oportunísticas.
Zambelli se defendeu, alegando que não sabia que o ex-presidente havia desautorizado as manifestações devido à sua licença médica.
“As pessoas sabem que sou fiel. Não preciso provar isso todos os dias. Se o ex-presidente acha que não devemos ir às ruas, então não iremos”, ressaltou a deputada.
O ato marcado para o dia 4 de junho, convocado pelo MBL e intitulado “Democracia, Justiça e Liberdade”, tem como objetivo protestar contra ações do governo Lula (PT) que, segundo os organizadores, refletem uma perseguição aos seus opositores.
Uma resposta
Carla Zambelli é a maior sabuja de Bolsonaro, e como a manifestação é contra o PT, contra a cassação arbitrária e sem fundamento do Deltan, cujo caráter destoa e muito do de Bolsonaro, contra o PL da censura, Bolsonaro ordenou aos seus súditos que não comparecem as manifestaçõe do dia 04. A militância bolsonarista dispara impropérios contra Deltan e Moro, isso depois de Bolsonaro ter surfado na onda da Lava jato e vencido as eleições em 2018, inclusive com o meu voto, coisa que não se repetiu em 2022. Não dá para pensar no Brasil melhor com a dicotomia nefasta de Lula e Bolsonaro, ambos têm mais comum do que pensam os apoiadores deles. O PT precisa do Bolsonaro; e o Bolsonaro, do PT. Sem o hospedeiro o parasita não vive.