VENEZUELA, 23 de janeiro de 2024 – Autoridades venezuelanas anunciaram, nesta segunda (22), a prisão de 32 pessoas, entre civis e militares, sob acusações de “traição à pátria” relacionadas a cinco supostas conspirações para assassinar o ditador Nicolás Maduro.
O Ministério Público do país também mencionou um suposto apoio dos Estados Unidos às ações.
O procurador-geral, Tarek William Saab, revelou que mandados de prisão foram emitidos para mais 11 pessoas, incluindo ativistas de direitos humanos, jornalistas e soldados exilados.
Saab afirmou que todos os detidos confessaram e forneceram informações sobre os planos, alegadamente dirigidos contra a maioria do povo venezuelano e a sociedade democrática.
As supostas conspirações foram mencionadas por Maduro em um pronunciamento ao Parlamento em 15 de janeiro, onde apontou o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, como um dos alvos.
Padrino responsabilizou a “extrema direita venezuelana” pelos planos, alegando apoio da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) e da Agência Norte-americana Antidrogas (DEA).
O ministro destacou que as operações contra as conspirações estavam em sigilo, coincidindo com as negociações entre Maduro e os EUA, resultando na redução de algumas sanções ao país.
Candidato à reeleição em 2024, Maduro frequentemente tem denunciado planos de conspiração, culpando EUA, opositores e narcotraficantes colombianos.