BRASÍLIA, 04 de dezembro de 2025 – Parlamentares rejeitaram nesta quinta, na CPMI do INSS, o requerimento que previa a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do presidente Lula (PT).
O depoente afirmou à PF que o filho do ex-presidente teria recebido valores que somariam R$ 25 milhões, além de repasses mensais de R$ 300 mil, ligados ao esquema associado ao Careca do INSS. O governo orientou votos contrários e criticou o depoente, o que influenciou a deliberação na comissão.
Ao todo, 19 parlamentares votaram contra a convocação de Fábio Luís, incluindo representantes do Maranhão, enquanto 12 votaram a favor. Além disso, a base governista classificou o depoente como desacreditado e argumentou que o pedido desviaria o foco central da investigação.
O depoimento citado foi revelado pelo Poder 360 e confirmado pela coluna que publicou o conteúdo. Reportagens do Metrópoles já haviam detalhado o esquema do INSS, que envolvia pagamentos e articulações atribuídas ao Careca, segundo declarações de Edson Claro.
Segundo o depoimento, haveria a criação de empresas em paraísos fiscais para participação em licitações relacionadas à venda de canabidiol ao Ministério da Saúde. No entanto, a CPI informou que ainda não recebeu provas documentais que confirmem essas afirmações e busca novos elementos.
O presidente da comissão afirmou que o depoente relatou repasses milionários e concorrências supostamente fraudadas, além de mencionar articulação atribuída ao filho do ex-presidente. Ele declarou que ouvir o citado poderia esclarecer o funcionamento do esquema descrito.
Tratores da comissão ouviram Edson Claro informalmente antes do depoimento oficial à Polícia Federal. O presidente e o relator, Alfredo Gaspar, estiveram em São Paulo para colher informações que pudessem auxiliar na condução dos trabalhos da CPMI.
Votaram contra a convocação: Randolfe Rodrigues, Jussara Lima, Jaques Wagner, Eliziane Gama, José Lacerda, Chico Rodrigues, Augusta Bruto, Leila Barros, Teresa Leitão, AJ Albuquerque, Cleber Verde, Orlando Silva, Ricardo Atres, Dorivaldo Malafaia, Dagoberto Nogueira, Paulo Pimenta, Alencar Santana, Bruno Farias e Rogério Corrêa.
Por outro lado, votaram a favor: Styvenson Valentim, Izalci Lucas, Eduardo Grão, Jorge Seif, Rogério Marinho, Damares Alves, Cabo Gilberto Silva, Coronel Chrisóstomo, Adriana Ventura, Alfredo Gaspar, Fernando Rodolfo e Marcel Van Hattem.
