
BRASÍLIA, 08 de maio de 2025 – O Tribunal Superior do Trabalho (TST) reservou R$ 1.056.000 para substituir carpetes em seus gabinetes e salas institucionais.
Segundo a corte, os atuais revestimentos, instalados entre 2012 e 2013, já ultrapassaram o “período de garantia de cinco anos” e se aproximam do temido momento de “perda de performance” – uma ameaça invisível, porém aparentemente intolerável para quem julga questões trabalhistas.
A compra segue uma lógica já conhecida. Em abril, o TST desembolsou R$ 90 mil em sofás de couro natural (R$ 5 mil por unidade) para “decorar gabinetes”. Em março, reservou R$ 900 mil para café “tipo superior” – com especificações dignas de sommelier, incluindo marcas como Melitta, Pilão e “Do Sítio”.
Agora, é a vez dos carpetes receberem atenção especial, com direito a justificativa técnica sobre sua “performance”. Curiosamente, nenhum desses itens consta como pauta urgente nas reuniões que discutem a produtividade da Justiça do Trabalho.
Enquanto isso, os números do CNJ revelam que, em dezembro de 2023, 26 dos 27 ministros do TST receberam remunerações líquidas acima de R$ 250 mil – média de R$ 357 mil por magistrado. Os valores brutos, somando “penduricalhos”, chegavam a R$ 514 mil mensais.