UNANIMIDADE

TSE rejeita cassação de mandato do senador Sergio Moro

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Sergio Moro
Por unanimidade, Tribunal Superior Eleitoral manteve mandato de Sergio Moro, negando acusações de desvio de recursos partidários.

BRASÍLIA, 22 de maio de 2024 – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou por unanimidade a cassação do mandato do senador Sergio Moro, acusado de gastos irregulares na pré-campanha.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade, nesta terça (21), rejeitar a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato.

A decisão veio após a análise de recursos apresentados pelo PL e pelo PT contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, que havia mantido o mandato de Moro no mês passado. As acusações contra Moro envolviam supostos gastos irregulares durante o período de pré-campanha.

Ainda cabe recurso da decisão.

Em 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. As acusações sugeriam que ele havia obtido “desvantagem ilícita” sobre outros candidatos ao Senado, devido aos “altos investimentos financeiros” feitos antes de sua migração para o partido União Brasil.

Ao avaliar os recursos, o TSE seguiu o voto do relator, ministro Floriano de Azevedo Marques, que declarou não haver provas convincentes de desvio de recursos partidários.

Embora o ministro tenha identificado gastos irregulares de R$ 777 mil, concluiu que não havia evidências suficientes para comprovar uma tentativa de fraude na candidatura.

Marques destacou a ausência de uma regra objetiva para os gastos de pré-campanha, afirmando: “Para caracterizar uma conduta fraudulenta ou desvio de finalidade, aptos a atrair a severa sanção de cassação de mandato e de inelegibilidade, é preciso mais que indícios, é preciso haver prova robusta.”

Os ministros André Ramos Tavares, Nunes Marques, Raul Araújo, Maria Isabel Galotti, Cármen Lúcia e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, seguiram o voto do relator.

O vice-procurador eleitoral, Alexandre Espinosa, também defendeu a absolvição de Moro, ressaltando a falta de regras específicas que restringissem as pré-campanhas. “Não há prova segura a cogitar de uma candidatura simulada à presidência da República”, afirmou Espinosa.

Durante o julgamento, o advogado de Moro, Gustavo Guedes, argumentou que as acusações foram “infladas” pelos partidos opositores e que não havia uma definição clara de critérios para os gastos de pré-campanha.

“Não há parâmetros, não há jurisprudência, não há doutrina. Por isso, cada um que atua nesse caso aponta um número. Não há parâmetro”, defendeu Guedes.

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