
EUA, 1 de agosto de 2025 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em suas redes sociais nesta sexta-feira (1°) o posicionamento de dois submarinos nucleares da classe Ohio “em regiões apropriadas”, em retaliação às ameaças do vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev. O ex-presidente russo havia afirmado que a Rússia dispõe de capacidade para lançar um ataque nuclear “de último recurso” contra os EUA, elevando o tom de um já delicado “jogo de ultimatos”.
“No caso dessas declarações tolas e inflamatórias serem mais do que apenas isso, ordenei o posicionamento dos submarinos nucleares”, escreveu Trump, ressaltando que palavras podem “levar a consequências indesejadas”.

DISPAROS EM MASSA
Cada um dos submarinos da classe Ohio transporta 20 mísseis Trident II D5, com capacidade de até 12 ogivas independentes por míssil. Na prática, as duas embarcações podem lançar até 480 ogivas nucleares — cada uma com rendimento entre 90 e 475 quilotons — contra alvos distintos na Rússia.
O Trident II D5, míssil de três estágios com alcance superior a 12.000 km, integra a tríade nuclear americana ao lado de bombardeiros estratégicos e silos terrestres. Sua furtividade e a precisão dos MIRV (Múltiplos Veículos de Reentrada Independentemente Direcionáveis) garantem capacidade de segunda retaliação, elemento-chave da dissuasão nuclear.
ESCALADA DE TENSÃO
Na quinta-feira (31), Medvedev criticou o “jogo de ultimatos” de Trump e advertiu que isso aproxima as duas potências de um confronto direto. Seu alerta motivou o presidente americano a reforçar o dispositivo nuclear como demonstração de força.
Os especialistas alertam que a presença dos SSBNs (submarinos de mísseis balísticos) em alto mar cria um risco elevado de escalada — uma vez localizados, eles não podem ser interceptados facilmente, mas também podem ser alvo prioritário em caso de conflito aberto.







