
BRASÍLIA, 16 de dezembro de 2025 – O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou novas diligências no caso do Banco Master, determinando à Polícia Federal a oitiva dos investigados e de diretores do Banco Central.
A decisão, tomada nesta segunda (15), estabeleceu um prazo inicial de 30 dias para a conclusão das medidas, consideradas urgentes para o sucesso das investigações do Banco Master e a proteção do Sistema Financeiro Nacional. Os depoimentos podem ocorrer por videoconferência ou presencialmente no STF.
A lista de investigados a serem ouvidos inclui o proprietário do banco, Daniel Vorcaro, seu sócio Augusto Lima, e os diretores Luiz Antônio Bull, Alberto Félix de Oliveira e Angelo Ribeiro da Silva.
Toffoli também autorizou a apresentação imediata de pedidos para quebrar sigilos e requisitar informações de órgãos públicos ou empresas relacionadas ao caso. Portanto, o delegado designado terá que submeter qualquer nova diligência à apreciação prévia do STF.
COMPETÊNCIA FOI CONCENTRADA NO SUPREMO EM DEZEMBRO
A autorização ocorre no âmbito do processo sigiloso no STF, que assumiu a competência originária sobre todos os desdobramentos do caso.
No dia 3 de dezembro, Toffoli havia determinado que decisões relacionadas ao Banco Master em instâncias inferiores fossem remetidas à Corte. Dessa forma, o ministro passou a ser o único responsável pela condução processual, comunicando a mudança à PF, à Justiça Federal de Brasília, ao TRF-1 e ao STJ.
A decisão do ministro argumenta que as investigações do Banco Master supostamente envolvem pessoas com foro por prerrogativa de função.
Vorcaro havia sido preso na Operação Compliance Zero e liberado após 12 dias, em 29 de novembro.







