
BRASÍLIA, 13 de dezembro de 2025 – O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), restringiu nesta sexta (12) o acesso de uma CPMI aos documentos com as quebras de sigilo do banqueiro Daniel Vorcaro.
A decisão atende a um pedido da defesa do sócio do Banco Master e determina a remoção dos papéis da comissão que investiga o INSS. Os documentos deverão ser enviados e guardados na presidência do Senado Federal, aguardando uma decisão final do STF sobre o caso.
A CPMI em questão investiga operações de crédito do Banco Master direcionadas a aposentados e pensionistas, além de aportes de fundos de previdência de servidores públicos na instituição.
O Banco Master foi liquidado pelo Banco Central. Por outro lado, Toffoli também negou outro pedido da defesa de Vorcaro, mantendo a legalidade das decisões judiciais e parlamentares que autorizaram as quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico originalmente.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG), que preside a CPMI, criticou publicamente a decisão do ministro. Em suas redes sociais, ele classificou a medida como grave e afirmou que restringir o acesso a documentos essenciais enfraquece a investigação.
Viana sugeriu que a ação amplia a desconfiança da sociedade sobre possíveis informações que se tentaria ocultar.
Daniel Vorcaro e outros sócios do Banco Master são alvos da Operação Compliance Zero, da Polícia Federal. A operação apura a concessão de créditos falsos pela instituição financeira. Entre os fatos investigados está uma tentativa de compra do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB), um banco público do Distrito Federal.
A CPMI aprovou a quebra dos sigilos do banqueiro na semana passada, antes da decisão liminar de Toffoli.







