
SÃO JOSÉ DE RIBAMAR, 04 de julho de 2025 – O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) analisa processo que investiga desvios de recursos públicos e pagamento de propinas a políticos em São José de Ribamar.
O caso, relatado pelo juiz Talvick Afonso Atta de Freitas, tem como base a colaboração premiada de Danilo Oliveira da Silva, que detalhou um suposto esquema envolvendo a Organização Social de Saúde Pró-Saúde.
Segundo as investigações dvulgadas no site Direito e Ordem, a Pró-Saúde geria o Hospital Municipal de São José de Ribamar quando contratos irregulares foram firmados com empresas fantasmas.
Danilo Oliveira relatou que Plínio Tuzzolo, representante da organização no Maranhão, afirmou que os contratos eram “especiais” e contavam com o aval de Paulo Câmara e Ronaldo Pasquarelli. As empresas envolvidas, Exata Consultoria e People Manutenção de Equipamentos, teriam emitido notas fiscais falsas sem prestar serviços.
O esquema teria ocorrido entre 2013 e 2014, com transferências bancárias, saques e entrega de dinheiro em espécie aos acusados. Entre os investigados estão o ex-prefeito da cidade, Edson Martins (então diretor do hospital), Plínio Tuzzolo, Paulo Câmara e Ronaldo Pasquarelli.
O caso foi enviado ao TJMA após decisão da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que reconheceu a competência do judiciário maranhense.
O Ministério Público requisitou o compartilhamento de provas colhidas na Operação S.O.S, que apura crimes semelhantes.
A ação foi encaminhada à Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados, criada em 2022 para julgar casos de criminalidade complexa no estado.