
MARANHÃO, 11 de agosto de 2025 – As novas tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros impactam US$ 68 milhões das exportações do Maranhão, segundo estimativa baseada em dados de 2024 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
O decreto assinado pelo presidente Donald Trump entrou em vigor na quarta (6) e elevou em 40% a tarifa sobre itens importados do Brasil, aumentando em 50% o valor total das sobretaxas dos EUA aplicadas ao país. Mesmo com 694 isenções, oito estados brasileiros terão entre 95% e 100% de suas vendas aos americanos taxadas.
O impacto supera 95% em Tocantins, Alagoas, Acre, Amapá, Ceará, Rondônia, Paraíba e Paraná. Já Mato Grosso do Sul (49,6%), Pará (44%), Rio de Janeiro (32%), Sergipe (24%) e Maranhão (9%) registram percentuais menores.
Segundo o economista Flávio Barreto, que coordenou com Thiago de Araújo Freitas estudo da FGV Ibre, Norte e Nordeste concentram exportações em produtos de baixo valor agregado e mão de obra intensiva, sem isenção tarifária semelhante à concedida ao Sudeste.
No Nordeste, frutas, pescados, calçados e vestuário estão entre os itens mais afetados. Barreto cita o caso dos produtores de mel do Piauí, onde grande parte da produção é feita por cooperativas e pequenos produtores, como exemplo da vulnerabilidade econômica.
Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte estão entre os estados mais expostos, pois possuem polos agroindustriais voltados à exportação que terão a maior parte de seus produtos taxados.








