Maduro legitima fraude e assume novo mandato na Venezuela

Maduro Presidente

VENEZUELA, 10 de janeiro de 2025 – Nicolás Maduro foi empossado nesta sexta (10) para um terceiro mandato como ditador da Venezuela, mantendo o chavismo no poder até o final de 2030. A cerimônia ocorreu na Assembleia Nacional da Venezuela, em Caracas, e reuniu autoridades locais e estrangeiras. Ao prestar juramento, Maduro prometeu um regime marcado por “paz, prosperidade e uma nova democracia”. Em discurso, exaltou a sua retórica anti-imperialista e disse, outras coisas, que sua vitória veio “da vontade popular”. “Eu não fui eleito pelo governo dos Estados Unidos, nem pela oligarquia. Venho do povo, sou do povo, e meu poder emana da história e do povo, e ao povo devo minha vida completa”, declarou. Desde as eleições de julho de 2024, a legitimidade da vitória de Maduro tem sido questionada. A oposição e grande parte da comunidade internacional acusam o governo de não apresentar atas eleitorais que comprovem os resultados das urnas.

Maranhenses permanecem presos na Venezuela há mais de um ano

Venezuela trabalhadores

VENEZUELA, 29 de novembro de 2024 – A Comissão de Direitos Humanos da Alema discutiu nesta quinta (28) a situação de 16 maranhenses detidos na Venezuela desde outubro de 2023, enfrentando maus-tratos e acusações controversas. Reunidos na Sala das Comissões, os deputados ouviram relatos alarmantes sobre as condições enfrentadas pelos detidos no presídio Guayparo, em Porto Ordaz. Segundo o deputado Ricardo Arruda (MDB), os presos sofrem maus-tratos, doenças e, no caso de uma mulher, abuso sexual. O advogado Mário Lima Barros Neto, em videoconferência, detalhou as negociações com o Judiciário d Venezuela e enfatizou a ilegalidade das prisões. Documentos apresentados pela defesa comprovam a regularidade do trabalho dos detidos, mas a juíza responsável alegou falta de autonomia para liberá-los.

Venezuela fica fora do Brics e culpa Brasil

Brics Venezuela

RÚSSIA, 25 de outubro de 2024 – Na 16ª Cúpula do Brics, realizada em Kazan, na Rússia, os líderes do bloco anunciaram a criação da categoria “Países Parceiros do Brics”. A iniciativa busca ampliar a cooperação com nações do Sul Global, mas a Venezuela, governada por Nicolás Maduro, ficou de fora da lista de 13 países convidados, apesar do apoio de Rússia e China. A Declaração de Kazan destacou o crescente interesse do Sul Global em se associar ao bloco, e foram discutidos os 33 pedidos formais de adesão. Segundo o chanceler brasileiro Mauro Vieira, o Brasil adotou uma posição neutra, sem apoiar nem vetar novos membros, focando-se nos critérios para futuras expansões.

Ditador Maduro adianta Natal na Venezuela para 1º de outubro

Maduro decreto

VENEZUELA, 03 de setembro de 2024 – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou o adiantamento do Natal no país para o próximo dia 1º de outubro. O anúncio foi feito na noite desta segunda (2), em um programa de auditório que ele mesmo apresenta semanalmente. O adiantamento coincide com um momento de tensão no país, após as eleições presidenciais de 28 de julho. Oposição e boa parte da comunidade internacional colocam em dúvida a legitimidade da reeleição de Maduro para mais um mandato. A medida de Maduro é considerada uma “cortina de fumaça para a fraude eleitoral” pelo pesquisador de Harvard e professor de relações internacionais Vitelio Brustolin. Em meio a protestos e à pressão internacional, a Procuradoria venezuelana, aliada do chavismo, pediu a prisão do candidato oposicionista, Edmundo González, que reivindica a vitória nas eleições e pede a divulgação das atas das urnas. O pedido foi acatado pela Justiça, também considerada um braço do regime de Maduro. NATAIS ADIANTADOS Não é a primeira vez que Maduro recorre à antecipação das celebrações natalinas no país. Em 2020, ele adiantou o Natal para 15 de outubro, em meio à pandemia. Na ocasião, a data foi marcada pela liberação de recursos para a compra de brinquedos. Em 2013, Maduro já havia decretado que as comemorações acontecessem a partir de 1º de novembro, afirmando na época que desejava “felicidade e paz para todo o mundo” e “derrotar a amargura”. Hugo Chávez havia morrido em março daquele ano, e Maduro venceu uma eleição presidencial cuja lisura foi contestada.

Boulos já reconhece suspeitas de fraude na eleição venezuelana

SÃO PAULO, 21 de agosto de 2024 – Em entrevista à CNN Brasil, Boulos afirmou que, caso se confirme a falta de transparência no processo eleitoral, o presidente eleito não seria legítimo. Boulos, que anteriormente havia manifestado apoio ao regime de Nicolás Maduro, justificou sua mudança de posição ao destacar que o reconhecimento internacional do governo de Maduro, à época, incluía países como Estados Unidos e Brasil. No entanto, ele enfatizou que a eleição atual, contestada por vários governos, inclusive o brasileiro, apresenta fortes indícios de fraude. Boulos também fez uma comparação entre a situação na Venezuela e os eventos de 8 de janeiro de 2023 no Brasil, quando atos de vandalismo ocorreram em Brasília. Ele sugeriu que, assim como não seria legítimo para Jair Bolsonaro tentar reverter o resultado da eleição no Brasil, o mesmo se aplicaria à Venezuela se as suspeitas de fraude forem confirmadas. O candidato do Psol evitou comentar a nota oficial do Partido dos Trabalhadores (PT), que reconheceu Maduro como presidente reeleito. Em debates e entrevistas recentes, a falta de condenação ao regime chavista tem sido um ponto de crítica de seus adversários, como José Luiz Datena (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB), que questionaram a relação de Boulos com o governo venezuelano. Em entrevistas anteriores, Boulos já havia afirmado que a Venezuela “não é seu modelo de democracia”. Ele reiterou que, se comprovadas as fraudes, o país deixaria de ser considerado uma democracia.

María Corina convoca protesto global contra eleições na Venezuela

María Corina

VENEZUELA, 12 de agosto de 2024 – A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, convocou um protesto global para o próximo sábado (17) em resposta às eleições nas quais o ditador Nicolás Maduro foi declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), sem que qualquer ata de votos tenha sido apresentada. Através das redes sociais, María Corina incentivou os cidadãos venezuelanos a comparecer aos locais de manifestação portando seus comprovantes de voto, enfatizando que “o mundo deve ver, com as atas em mãos, que não permitiremos que nos roubem”. María Corina destacou a necessidade de união entre os venezuelanos, tanto dentro quanto fora do país, para protestar contra o regime de Maduro. Ela reforçou que todos os venezuelanos, em “qualquer lugar do mundo”, devem levantar suas vozes em prol da verdade. Neste sábado, 10 de agosto, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, controlado pelo regime de Maduro, anunciou que revisará documentos apresentados por organizações políticas e ex-candidatos, para concluir o processo de validação das eleições de 28 de julho.

González se declara presidente da Venezuela e exige posse

Eleição Posse

VENEZUELA, 05 de agosto de 2024 – Edmundo González, candidato da oposição na Venezuela, autoproclamou-se presidente nesta segunda (5). A declaração ocorre após a disputa eleitoral contra Nicolás Maduro, na qual, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Maduro obteve 51% dos votos, enquanto González ficou com 44%. No entanto, atas obtidas pela oposição indicam 67% dos votos para González e 30% para Maduro. A agência de notícias AFP e o Centro Carter ratificaram os resultados favoráveis ao ex-diplomata.

Maduro manda prender mais de 2 mil pessoas na Venezuela

Maduro Venezuela

VENEZUELA, 05 de agosto de 2024 – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, intensificou a repressão em seu governo, com mais de 2 mil venezuelanos presos após protestos em Caracas. As manifestações ocorreram após denúncias de fraude eleitoral, e o governo de Maduro reagiu com a maior repressão de seus 11 anos no poder. Durante uma coletiva de imprensa, Maduro prometeu enviar os manifestantes para prisões de segurança máxima por até 30 anos. Os protestos surgiram após a oposição, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, publicar resultados eleitorais detalhados, alegando vitória. A alegação contradiz os números divulgados pelo governo, que declarou Maduro vencedor com 51,95% dos votos. A oposição, no entanto, apresentou evidências de que González obteve quase 70%. Em sua primeira coletiva de imprensa internacional em quase dois anos, Maduro demonstrou frustração e raiva, criticando a mídia internacional e a oposição. Ele acusou seus opositores de tentar incitar uma guerra na Venezuela, comparando a situação a conflitos em outros países.

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