André Fufuca exonera servidor por post racista nas Olimpíadas
BRASIL, 27 de julho de 2024 – O ministro do Esporte, André Fufuca, determinou nesta sexta (26) a exoneração de Wesley Max, responsável por um post racista durante a abertura das Olimpíadas de Paris. O servidor publicou na conta oficial do ministério uma foto de um macaco com a legenda “Todo mundo aguardando o nosso barco”, aludindo à delegação brasileira. A postagem, que fazia referência à delegação brasileira passando pelo Rio Sena, foi removida minutos após sua publicação. A atitude gerou imediata repercussão negativa. Em resposta, o Ministério do Esporte e André Fufuca emitiram uma nota repudiando o ato e anunciando a exoneração de Wesley Max, que era coordenador de Mídias Sociais da pasta. Wesley Max, natural de São Luís (MA), ocupava anteriormente cargos no Ministério das Cidades e na Câmara Municipal de São Luís antes de sua nomeação no Ministério do Esporte. Após a retirada do post, o Ministério do Esporte reafirmou seu compromisso com a luta contra o racismo e destacou que ações desse tipo não são toleradas. Até o momento, Wesley Max não se pronunciou sobre o ocorrido.
Justiça tem obrigação de decretar prisão de Wanessa Camargo
BRASIL, 15 de março de 2024 – A cantora Wanessa Camargo divulgou vídeo em que confessa ter praticado o crime de racismo durante sua participação no programa Big Brother. “Eu entendo que minhas falas e comportamentos em relação ao Davi se enquadram no racismo”, disse Wanessa. Ao fim do vídeo, Wanessa tenta ocultar gravidade do crime com um pedido de desculpas. ocorre que o crime que ela confessou não prevê arrependimento como penalidade, e sim 1 a 3 anos de prisão. O alvo do crime cometido por Wanessa Camargo é o motorista de aplicativo e participante do Big Brother Brasil 24. A cantora, inclusive, foi expulsa do programa por tê-lo agredido durante uma discussão. O crime cometido, e confessado, por Wanessa Camargo em suas redes sociais é enquadrado na na Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989. Em seu artigo Art. 1º, a lei é clara: “Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.” Vale ressaltar ainda que o crime é inafiançável e imprescritível, conforme estabelece o art. 5°, inciso XLII da Constituição Federal. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Wanessa Camargo (@wanessa) O cometimento e autoria do crime por Wanessa Camargo ficam claros quando ela afirma “Não tenho medo de me olhar no espelho e reconhecer”, afirmou ainda no vídeo. Como forma de tentar amenizar seu comportamento asqueroso, a cantora tentou culpar toda a sociedade pelos crimes cometidos por ela durante sua passagem. “O racismo estrutural está tão enraizado na nossa sociedade, dentro de nós”. Ao fim do vídeo, apesar de confessar o cometimento reiterado por um crime tão nojento, a cantora apelou para a impunidade. “Eu devo sim um pedido de desculpas ao Davi”. A cantora deveria ter sido informada por sua assessoria, antes de tentar lacrar nas redes sociais, que a penalidade para o crime de racismo não é um “pedido de desculpas”, mas reclusão de 1 a 3 anos e multa.
Fufuca assina protocolo contra racismo em estádios de futebol
SÃO PAULO, 24 de setembro de 2023 – No domingo (24), o ministro do Esporte, André Fufuca, assinou um protocolo de intenções para combater o racismo nos estádios de futebol do Brasil. O ato ocorreu antes da final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo, realizada no Estádio do Morumbi, e contou com a presença da Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, do Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, e do Presidente da CBF, Ednaldo Neves. Fufuca descreveu o evento como um marco para o esporte brasileiro e destacou a importância do protocolo de intenções. Ele mencionou que o protocolo inclui diversas ações voltadas para promover a igualdade racial, por meio de campanhas de conscientização com o objetivo de prevenir o racismo nos estádios. Além disso, houve uma ação no estádio para divulgar o número 100, que é utilizado para denúncias de casos de racismo. “O protocolo traz inúmeras ações que buscam aplicar os esforços necessários de todas as partes para promover a igualdade racial por meio de campanhas de conscientização com intuito de prevenção ao racismo. Também foi realizada a ação no estádio para a divulgação do dique 100. Gostaria de parabenizar os Flamengo e São Paulo pelo grande jogo”, declarou Fufuca. O ministro parabenizou as equipes do Flamengo e do São Paulo pelo grande jogo. A final da Copa do Brasil terminou em empate por 1 a 1, e o São Paulo conquistou o título pela primeira vez.
Jornais apontam alta de feminicídio, estupro e estelionato no Brasil
BRASIL, 21 de julho de 2023 – Principais jornais do Brasil destacam o crescimento de crimes como feminicídio e estupro, além do aumento de registros de racismo em comparação com o ano anterior. No entanto, outros relatam a redução no número de mortes violentas em 2022, atingindo o menor nível em 12 anos, de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O relatório aponta 47,5 mil vítimas no ano passado, com a taxa de redução desacelerando desde 2018. Os crimes virtuais estão em alta, com um aumento significativo nos casos de estelionato, que cresceram 37,9% em 2022. Além disso, houve quase 1 milhão de celulares roubados ou furtados no país. Confira as manchetes desta sexta (21) abaixo: Folha de S. Paulo Mortes violentas no Brasil caem a menor nível em 12 anos Relatório aponta 47,5 mil vítimas em 2022; indicador recua desde 2018, mas ritmo desacelerou O Estado de S. Paulo Crimes virtuais disparam; a cada minuto, três brasileiros sofreram golpes em 2022 Casos de estelionato tiveram alta de 37,9% no ano passado; quase 1 milhão de celulares foram roubados ou furtados no país O Globo Número de mortes violentas é o menor na última década Ritmo da redução da letalidade diminuiu no ano passado. Crimes como feminicídio, estupro e estelionato cresceram Zero Hora RS lidera ranking de armas nas mãos de civis, aponta estudo Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram 227.996 registros ativos de cidadãos comuns no estado Correio Braziliense Feminicídio exige ações que vão além da punição Somente em 2023, 21 casos foram registrados no Distrito Federal Diário de Pernambuco Mortes violentas caem, mas estupros aumentam no Brasil Os registros de racismo saltaram de 1.464 casos em 2021 para 2.458 no ano passado
PL de Mical e Yglésio propõe ações contra racismo nos estádios
SÃO LUÍS, 14 de julho de 2023 – O Projeto de Lei nº 418/2023, apresentado pelos deputados Mical Damasceno (PSD) e Yglésio Moyses (PSB), propõe a implementação de ações da política estadual “Vini Jr” para combater o racismo dentro dos estádios e arenas esportivas do Maranhão. De acordo com o projeto, torna-se obrigatória a divulgação e realização de campanhas educativas de combate ao racismo nos períodos de intervalo ou antes dos eventos esportivos, por meio de meios de grande alcance, como telões, panfletos, outdoors, etc. Segundo a proposta, a partida em andamento será interrompida em caso de denúncia ou manifestação reconhecida de conduta racista por qualquer pessoa presente, sem prejuízo das sanções civis e penais previstas no regulamento da competição e na legislação desportiva. O projeto também cria o “Protocolo de Combate ao Racismo”, no qual o cidadão poderá informar a qualquer autoridade presente no estádio sobre condutas racistas que tenha conhecimento. Conforme o Protocolo, ao receber a informação, a autoridade deverá comunicar imediatamente ao Plantão do Juizado do Torcedor presente no estádio, ao organizador do evento esportivo e ao delegado da partida, quando houver, e assim que possível ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. A matéria também estabelece que o organizador do evento ou o delegado da partida deverá solicitar ao árbitro ou mediador da partida a interrupção obrigatória. Além disso, a interrupção ocorrerá pelo tempo que o organizador do evento ou o delegado da partida considerar necessário, enquanto as atitudes reconhecidamente racistas persistirem. Após a interrupção e em caso de conduta racista por parte dos torcedores ou reincidência, o organizador do evento esportivo ou o delegado da partida poderão informar ao árbitro ou mediador da partida a decisão de encerrar a partida. De acordo com o texto do projeto, são consideradas autoridades os policiais militares, bombeiros, guardas ou qualquer funcionário da segurança do estádio.
Suspeitos de pendurar boneco enforcado de Vini Jr. são presos
Marid, 23 de maio de 2023 – Polícia espanhola prende quatro suspeitos relacionados ao caso do boneco pendurado de Vinícius Júnior em Madri. O incidente ocorreu em janeiro, antes de um clássico entre Real Madrid e Atlético de Madrid. Três dos detidos são membros da Frente Atlética, organizada do Atlético de Madrid. Todos os suspeitos são espanhóis, com idades entre 19 e 24 anos. Além disso, três jovens foram detidos por ofensas racistas contra Vinícius Júnior durante uma partida contra o Valencia. A polícia continua investigando os casos.
Mulher tira roupa no Carrefour em manifesto contra racismo
A professora Isabel Oliveira, de 43 anos, tirou a roupa dentro de um supermercado Atacadão, do grupo Carrefour, na cidade de Curitiba (PR), em manifestação contra racismo. O caso ocorreu no último final de semana quando ela fazia compras e disse ter sido perseguida por seguranças do estabelecimento por mais de 30 minutos. Por meio de suas redes sociais, Isabel publicou um vídeo relatando a situação e disse que se sentiu tratada como uma “marginal”. “A gente não pode continuar sendo tratada como se fosse um marginal. Eu só estava fazendo as minhas compras, eu não estava oferecendo risco para ninguém”, declarou. Horas depois, Isabel retornou ao estabelecimento e andou de roupas íntimas pelos corredores do supermercado como forma de protesto. Em seu corpo, havia a pergunta: “Sou uma ameaça?”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Isabel Oliveira (@isabel.oliveira.oliveira) O caso, inclusive, foi destacado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante reunião ministerial para celebrar os 100 dias de governo. Na oportunidade, Lula afirmou que é preciso mandar um aviso para a direção do grupo Carrefour. “O Carrefour cometeu mais um crime de racismo com uma cliente negra. Temos que dizer para a direção do Carrefour: se eles querem fazer isso no país de origem deles, que façam, mas não iremos permitir que eles ajam assim aqui”, disse o líder petista. Em nota, o Atacadão disse que “não identificou indícios de abordagem indevida” após ouvir os funcionários envolvidos e analisar as imagens das câmeras de segurança. A empresa também lamentou o caso e disse que se colocou à disposição de Isabel. Leia a nota completa do Atacadão, supermercado do grupo Carrefour, que é uma rede internacional de supermercados sediada na França: “A empresa informa que apurou o caso, ouvindo os funcionários e analisando as imagens de câmeras de segurança, e não identificou indícios de abordagem indevida. Desde as primeiras manifestações da cliente no local, a supervisão e a gerência da loja se colocaram à disposição para ouvi-la e oferecer o devido acolhimento. Lamentamos que a cliente tenha se sentido da maneira relatada, o que, evidentemente, vai totalmente contra nossos objetivos. A empresa possui uma política de tolerância zero contra qualquer tipo de comportamento discriminatório ou abordagem inadequada. Realiza treinamentos rotineiros para que isso não ocorra e possui um canal de denúncias disponível, dando total transparência ao processo. Ressaltamos, ainda, que nosso modelo de prevenção tem como foco o acolhimento aos clientes, com diretrizes de inclusão e respeito que também são repassadas aos nossos colaboradores por meio de treinamentos intensos e frequentes”.
Fãs de Anitta xingam cantora que venceu funkeira no Grammy
O amor e a tolerância presentes nos discursos da funkeira Anitta parecem não fazer efeito sobre seus fãs. A cantora americana Samara Joy, premiada na noite deste domingo (5) como “Artista Revelação” do Grammy, está sendo insultada e atacada por fãs de Anitta desde então. A funkeira disputava com Joy o prêmio. Assim que a Academia de Gravação, que organiza o prêmio, publicou em conjunto com a conta de Samara sobre a vitória, os fãs de Anitta a acusaram de ladra e minimizaram o talento da cantora negra, afirmando, entre outras coisas, que ela “nunca será Anitta”. “Quem é essa?”, “De que buraco saiu essa?”, “Todos os streams da Samara não dá a quantidade de streams da pior música da Anitta”, “Justiça por Anitta”, estão entre os ataques contra a cantora negra. As últimas publicações da cantora de jazz no Instagram estão sendo alvo preferencial dos marginais fãs da funkeira que chegaram a cogitar a organização de uma milícia digital para derrubar a conta de Samara Joy. Samara preferiu não responder aos comentários dos marginais digitais fãs da funkeira brasileira.