Preço da gasolina apresenta aumento nas bombas

BRASIL, 04 de dezembro de 2023 – O levantamento de preços dos combustíveis divulgado pela ANP revelou que, na semana entre 26 de novembro e 2 de dezembro, o preço médio do litro da gasolina nos postos de abastecimento do país teve um aumento de 0,17%, alcançando R$ 5,63. Essa variação marca a primeira alta em 13 semanas consecutivas, encerrando um período de estabilidade ou quedas nos preços. A última elevação registrada foi ao final de agosto, quando a Petrobras aumentou em 16,3% o preço praticado nas refinarias, impactando diretamente no preço médio da gasolina, que atingiu R$ 5,88 por litro. Nas 13 semanas seguintes, ajustes concorrenciais do varejo, além da redução de 4% pela Petrobras em outubro e a diminuição no preço do etanol anidro, resultaram em quedas pontuais de R$ 0,01 ou R$ 0,02 por litro. O etanol anidro, responsável por 27,5% da mistura da gasolina comum, teve seu preço médio nas usinas paulistas acumulando uma queda de 5,6% desde o final de agosto. Na semana entre 27 de novembro e 1º de dezembro, registrou uma redução de 1,63%, atingindo R$ 2,05 por litro. O aumento modesto no preço médio da gasolina nesta semana pode ser atribuído a ajustes de mercado, considerando a dinâmica concorrencial do varejo, uma vez que não houve reajustes significativos pela Petrobras ou alterações no preço do etanol anidro. Em relação ao diesel S10, o preço médio do litro teve uma queda de 0,32%, chegando a R$ 6,16, marcando a quarta semana consecutiva de redução. A ANP também informou que o preço médio do botijão de 13 quilos de gás de cozinha caiu 0,47%, ficando em R$ 100,84.
Após alta dos preços da gasolina, Bolsonaro demite presidente da Petrobras

O presidente Jair Bolsonaro (PL) demitiu, nesta segunda (28), o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna. A saída do general Joaquim Silva e Luna ocorre após descontentamento do presidente da República com a forte alta dos preços de gasolina e diesel praticados pela estatal no início de março. O último aumento feito pela Petrobras nos combustíveis, há duas semanas, reajustou o preço da gasolina em 18,7%, e do diesel em 24,9%. Os valores se referem ao que foi modificado nas refinarias. No acumulado dos últimos 12 meses até fevereiro, o IPCA dos combustíveis, principal indicador de inflação do Brasil, teve uma alta de 33%. A gasolina subiu 32%, o etanol, 36%, e o diesel, 40%. Valores muito acima do índice geral, que está em 10,54%. Em nota divulgada pelo Ministério de Minas e Energia, o governo federal atualizou a lista dos indicados para o conselho da empresa, apresentada no começo do mês, e incluiu o economista Adriano Pires, apontado para a presidência. A lista tem ainda, como concorrente ao cargo de presidente do Conselho de Administração, Luiz Rodolfo Landim Machado, atual presidente do Flamengo. Para ter efeito prático, os nomes precisam passar por uma eleição dos acionistas, que será realizada na Assembleia Geral Ordinária no dia 13 de abril. Desde 2015, a Petrobras registra forte participação de acionistas minoritários na Assembleia e o conselho atual, com 11 membros, possui três representantes indicados por investidores de mercado.
Preço da gasolina no Brasil ocupa 89º entre 170 países

Em meio ao reajuste anunciado pela Petrobras na última semana, que aumentou em 19% a gasolina e 25% o diesel, o preço médio do litro da gasolina atingiu R$ 6,683 no Brasil, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o que deixa o país próximo ao da média mundial (R$ 6,77 ou US$ 1,32). No levantamento semanal da ANP, a gasolina mais cara do Brasil foi encontrada na Bahia, em Eunápolis (R$ 8,770 o litro), enquanto que a mais barata está no Amapá, em Macapá (R$ 5,190). Já os dados do site globalpetrolprices.com e a cotação de US$ 1 = R$ 5,13 apontam que o Brasil ficou no meio da tabela, em 89º entre 170 países e territórios, cuja gasolina mais cara do mundo está em Hong Kong, cidade semiautônoma da China onde o litro do combustível custa R$ 14,77, enquanto que a Venezuela (R$ 0,13 por litro) tem a mais barata. “Como regra geral, os países mais ricos têm preços mais altos, enquanto os países mais pobres e os países produtores e exportadores de petróleo têm preços significativamente mais baixos […] Uma exceção notável são os EUA, que são um país economicamente avançado, mas com baixos preços”, afirma o globalpetrolprices.com. A gasolina brasileira (R$ 6,69) é mais barata do que no Chile (R$ 6,94), no Uruguai (R$ 9,01), nos outros países dos Brics — Índia (R$ 6,90), China (R$ 6,97) e África do Sul (R$ 7,25) — e em praticamente todos os países da Europa. O país tem o praço mais elevado em comparação com os Estados Unidos (R$ 6,36) e em países vizinhos como Bolívia (2,80), Colômbia (R$ 3,21), Equador (R$ 3,46) e Argentina (R$ 4,98). O globalpetrolprices.com ressalta que “as diferenças de preços entre os países devem-se aos vários impostos e subsídios à gasolina […] Todos os países têm acesso aos mesmos preços do petróleo nos mercados internacionais, mas decidem impor impostos diferentes”. Na Rússia, um dos maiores produtores e exportadores do mundo e responsável pela recente escalada nos preços do petróleo devido a invasão à Ucrânia, o litro da gasolina custa R$ 2,21. Na Ucrânia, R$ 6,20. Veja na tabela abaixo: Posição País Preço US$/litro R$/litro 1 Venezuela 0,025 0,13 2 Líbia 0,03 0,16 3 Irã 0,05 0,26 4 Síria 0,32 1,62 5 Argélia* 0,32 1,65 6 Angola 0,34 1,74 7 Kuwait* 0,35 1,77 8 Cazaquistão 0,39 2,02 9 Nigéria 0,40 2,05 10 Turcomenistão 0,43 2,20 11 Rússia* 0,43 2,21 12 Malásia* 0,49 2,50 13 Iraque 0,51 2,64 14 Bahrein 0,53 2,72 15 Bolívia* 0,55 2,80 16 Catar* 0,58 2,96 17 Azerbaijão 0,59 3,02 18 Egito* 0,60 3,10 19 Arábia Saudita* 0,62 3,19 20 Omã* 0,62 3,19 21 Etiópia 0,62 3,20 22 Colômbia* 0,63 3,21 23 Quirguistão* 0,63 3,25 24 Haiti 0,64 3,26 25 Belarus* 0,66 3,37 26 Equador* 0,67 3,46 27 Tunísia* 0,75 3,86 28 Paquistão* 0,84 4,29 29 Togo* 0,85 4,35 30 Trinidad e Tobago 0,85 4,35 31 Emirados Árabes Unidos* 0,85 4,36 32 Libéria 0,86 4,40 33 Chade 0,87 4,44 34 Uzbequistão 0,88 4,53 35 Iêmen 0,89 4,55 36 Indonésia* 0,90 4,61 37 Afeganistão 0,91 4,65 38 Dominica 0,92 4,71 39 Guiana* 0,93 4,75 40 Suriname* 0,93 4,79 41 Líbano* 0,94 4,82 42 Maldivas 0,95 4,85 43 Sudão 0,95 4,88 44 Argentina* 0,97 4,98 45 Mongólia 1,00 5,10 46 Benim* 1,01 5,16 47 Gabão 1,01 5,18 48 Madagascar* 1,02 5,24 49 Serra Leoa* 1,02 5,25 50 Burkina Faso* 1,03 5,29 51 Bangladesh 1,04 5,31 52 República Democrática do Congo 1,04 5,32 53 Camarões* 1,05 5,40 54 Costa do Marfim* 1,07 5,46 55 Suazilândia 1,08 5,53 56 Moçambique* 1,08 5,55 57 Botsuana 1,09 5,58 58 Tanzânia* 1,10 5,63 59 Porto Rico* 1,10 5,63 60 México* 1,10 5,66 61 Sri Lanka* 1,11 5,70 62 Guiné 1,12 5,74 63 Mali 1,13 5,77 64 Butão 1,13 5,79 65 Santa Lúcia* 1,14 5,83 66 Namíbia* 1,14 5,84 67 El Salvador* 1,14 5,86 68 Geórgia* 1,16 5,94 69 Camboja* 1,16 5,95 70 Taiwan* 1,16 5,95 71 Myanmar* 1,16 5,96 72 Panamá* 1,17 5,99 73 Quênia* 1,18 6,03 74 Nicarágua* 1,20 6,15 75 Zâmbia* 1,20 6,18 76 Gana* 1,21 6,18 77 Ucrânia* 1,21 6,20 78 Granada* 1,22 6,26 79 Honduras* 1,22 6,28 80 Nepal* 1,23 6,29 81 Ruanda* 1,23 6,31 82 Lesoto* 1,23 6,32 83 EUA* 1,24 6,36 84 Cuba 1,26 6,46 85 Paraguai 1,27 6,52 86 Costa Rica* 1,27 6,52 87 Fiji* 1,29 6,61 88 Senegal 1,30 6,66 89 Brasil* 1,31 6,69 90 Filipinas* 1,32 6,77 91 Vietnã* 1,33 6,80 92 Marrocos 1,33 6,84 93 Burundi 1,34 6,87 94 Índia* 1,35 6,90 95 Chile* 1,35 6,94 96 China* 1,36 6,97 97 Guatemala* 1,37 7,04 98 Curaçao 1,38 7,05 99 Ilhas Maurício* 1,38 7,08 100 Peru* 1,39 7,11 101 Uganda 1,39 7,13 102 Bahamas 1,40 7,16 103 Hungria* 1,41 7,21 104 República Dominicana* 1,41 7,24 105 África do Sul* 1,41 7,25 106 Austrália* 1,42 7,29 107 Tailândia* 1,42 7,29 108 Malaui* 1,43 7,32 109 Peru* 1,44 7,37 110 Aruba* 1,45 7,44 111 Japão* 1,45 7,45 112 Ilhas Cayman* 1,45 7,45 113 Malta* 1,47 7,52 114 Moldávia* 1,48 7,59 115 Jamaica* 1,49 7,65 116 Jordânia* 1,53 7,85 117 Macedônia do Norte* 1,54 7,90 118 Ilhas Seychelles 1,54 7,91 119 Bulgária* 1,56 7,99 120 Coreia do Sul* 1,56 8,02 121 Canadá* 1,57 8,04 122 Chipre* 1,57 8,07 123 Cabo Verde* 1,58 8,09 124 Polônia* 1,58 8,12 125 Sérvia* 1,59 8,16 126 Bósnia e Herzergovina* 1,62 8,29 127 Laos* 1,62 8,33 128 Eslovênia* 1,65 8,44 129 Belize* 1,68 8,62 130 Andorra* 1,74 8,93 131 Uruguai* 1,76 9,01 132 Romênia* 1,76 9,05 133 Eslováquia* 1,81 9,27 134 Croácia* 1,82 9,33 135 Wallis e Futuna 1,88 9,63 136 Luxemburgo* 1,89 9,72 137 Montenegro* 1,90 9,77 138 Maiote* 1,90 9,77 139 Lituânia* 1,93 9,88 140 Nova Zelândia* 1,97 10,12 141 Albânia 1,98 10,15 142 República Centro-Africana 2,00 10,28 143 Espanha* 2,01 10,33 144 San Marinho 2,03 10,41 145 República Tcheca* 2,05 10,49 146 Barbados* 2,06 10,59 147 Letônia* 2,07 10,59 148 Estônia* 2,08 10,66 149 Suíça* 2,09
Preço da gasolina dispara nos EUA e atinge recorde

O preço médio da gasolina comum nos EUA chegou a quase US$ 0,80 nas últimas duas semanas. Com o novo aumento, o valor é de aproximadamente US$ 4,50 (cerca de R$ 22) por galão — equivalente a 4 litros — alta de 22%. Em entrevista à agência de notícias Associated Press publicada ontem, o analista Trilby Lundberg disse que o novo preço da gasolina supera em pouco mais de US$ 0,30 centavos o recorde anterior, de US$ 4,11 estabelecido em julho de 2008. O valor na bomba é US$ 1,55 mais alto que há um ano. Lundberg afirmou que os preços da gasolina devem permanecer altos no curto prazo, visto que os custos do petróleo bruto dispararam em virtude do risco de desabastecimento provocado pelas sanções do Ocidente à Rússia, que invadiu a Ucrânia há três semanas. O preço médio do diesel também disparou, US$ 1,20 em duas semanas, para US$ 5,20 (cerca de R$ 26) o galão. O diesel custa US$ 2,11 a mais do que custava um ano atrás. Biden proíbe importação de petróleo russo Na semana passada, o presidente Joe Biden baniu as importações do petróleo russo para os Estados Unidos na terça (8). “A medida foi tomada com nossos aliados para responder a essa agressão russa”, disse Biden. Atualmente, os EUA compram 8% do petróleo russo. A norma de Biden aumenta a lista de sanções que já foram estabelecidas por países do Ocidente contra o governo do presidente Vladimir Putin desde a invasão à Ucrânia.