Deputados maranhenses apoiam impeachment de Lula
BRASÍLIA, 20 de fevereiro de 2024 – Deputados federais do Maranhão, ligados a grupos evangélicos e bolsonaristas, como Mariana Carvalho, de Imperatriz, e Silvio Antonio, pastor do Cohatrac em São Luís, assinaram um pedido de impeachment do presidente da República. O motivo são as controversas declarações feitas por Lula, que comparou as mortes na Faixa de Gaza ao Holocausto. Ambos, filiados ao Republicanos e ao PL, exercem mandato temporário na suplência de Aluísio Mendes e Detinha Maranhãozinho, respectivamente. De acordo com a CNN Brasil, o pedido conta com o apoio de mais de 100 deputados, incluindo de partidos governistas, como PSD, Republicanos, PP e União Brasil. Os parlamentares consideram a declaração de Lula como um possível crime de responsabilidade.
Josimar investe em “bolsonaristas” nas eleições 2022
Nas últimas semanas o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) intensificou suas investidas por pré-candidatos considerados “bolsonaristas” em sua legenda nas eleições deste ano. Presidente do partido do presidente Jair Bolsonaro no Maranhão, Josimar negocia com várias lideranças que se notabilizaram pela luta contra a corrupção e ética na política. A entrada de candidatos tidos como “bolsonaristas” na chapa de Josimar eleva a possibilidade de que o PL tenha uma expressiva votação. Dessa forma, o efeito direto da adesão seria o fortalecimento do projeto de Josimar de Maranhãozinho em eleger entre de 3 e 4 deputados federais nas eleições deste ano subordinados a ele. Para tentar minimizar os impactos na filiação ao PL, os chamados “bolsonaristas” têm usado como justificativa o fato da legenda ser a mesma do presidente. Contudo, pré-candidatos que recusaram o pedido de Josimar, caso da líder conservadora Flávio Berthier, ingressar no PL é um sacrifício alto demais. “Temos bandeiras e elas não podem ser deixadas para trás por causa de eleição. Não posso ajudar a eleger uma bancada que defenda tudo o que eu tenho repúdio. Sei que o presidente entende essa nossa posição de escolher outro partido que não seja o PL do Maranhão”. A eleição no PL é considerada dificílima dados os números. Caso Josimar dispute a reeleição para deputado, deve manter votação acima de 100 mil votos (em 2018 ele alcançou 195 mil). Acontece que a esposa de Josimar, Detinha, também deve tentar uma vaga na Câmara Federal. A candidatura de Detinha pode diminiur a votação do marido e embos devem transitar entre os 100 mil votos. Também concorrem na chapa os já deputados federais Junior Lourenço (117 mil votos) e Pastor Gil (47 mil votos). Ambos não eram parlamentares em 2018 e devem elevar suas votações. Outros nomes como Paulo Marinho Jr (55.755 votos em 2018) devem tornar ainda mais difícil a tentativa de bolsonaristas em conseguir “vencer” os colegas de chapa. Fontes do partido revelaram ao blog que a entrada de três dos chamados “bolsonaristas” podem agregar de 50 a 70 mil votos na chapa que deve lançar 19 candidatos. Com a estimativa de cerca de 400 mil votos apenas dos quatro “cabeças”, o PL deveria alcançar mais 100 mil votos com os outros 11 candidatos para ter chances reais de fazer 4 deputados federais. Com absolutamente nenhum bolsonarista entre eles. Até o momento a maior “aquisição” de Josimar foi o ex-candidato à prefeito de São Luís, Pastor Silvio Antônio. São esperados outros bolsonaristas na legenda antes do dia 2 de abril, prazo final para a filiação no partido.
Apenas Yglésio e Silvio Antonio não usaram dinheiro público nas campanhas
O que diz a última pesquisa do IBOPE sobre as eleições?
Pesquisa divulgada IBOPE divulgada ontem pelo Sistema Mirante mostra que Eduardo Braide (Podemos) lidera as intenções de voto pela Prefeitura de São Luís. Como em levantamentos anteriores, ele é seguido por Duarte Jr (Republicanos) e Neto Evangelista (DEM). No terceiro pelotão aparecem Rubens Pereira Jr (PCdoB), Bira do Pindaré (PSB), Jeisael Marx (Rede), Yglésio Moyses (PROS), Franklin Douglas (PSOL) e Hertz Dias (PSTU). Autointitulado representante de Bolsonaro nas eleições, Pastor Silvio Antonio foi o único que não pontou. No total os “blocos” podem ser divididos em três: Primeiro temos 44% concentrados em um candidato. Depois temos o segundo bloco que abriga 33% entre outros dois. Por último são 14% entre 6 candidatos. E o limbo ocupado por um candidato que não pontuou. Veja os números e comentários sobre eles. O LÍDER 44% A ida de Eduardo Braide para um possível segundo turno é certa. Caso o IBOPE esteja correto, a perda de 50% dos seus votos nas últimas duas semanas de campanha ainda o deixaria na liderança das eleições. Cairia para 22%, o que garantiria ainda 3% de vantagem sobre o segundo colocado. Braide ainda pode ser eleito já no primeiro turno. Contando apenas os votos válidos, ele aparece com 49% da preferência do eleitorado. Se crescer mais 2%, não teremos segundo turno. A situação deve forçar alguns de adversários a intensificar os ataques contra ele. O DESAFIANTE 33% Aqui é disputada uma eleição à parte. Segundo a margem de erro de 3 pontos, temos um empate técnico. Duarte Jr pode ter 16% e Neto Evangelista pode chegar aos 17%. Dessa forma, não se pode assegurar quem, na verdade, ocupa hoje a segunda colocação. O mais prudente é colocar os dois no páreo. Somados os dois chegam a 33% das intenções de voto. Assim como Braide fatalmente será alvo de ataques, os dois também tendem a tornarem-se alvos mútuos. Aliás, no último debate realizado por O Estado e pelo Portal Imirante esta condição foi visivelmente observada. E um detalhe: no embate direto com Braide o candidato do DEM, Neto Evangelista, saiu-se melhor que Duarte Jr. Enquanto Neto conseguiu protagonizar o único ataque que, aparentemente surtiu efeito em Braide, Duarte Jr foi massacrado pelo candidato do Podemos. Esse acontecimento, apara alguns, mostra que Duarte Jr, pela inexperiência e impetuosidade, não seria um páreo tão duto para Braide quanto Neto, que conta com mais apoios e conhece a política há mais tempo.. O QUE HÁ DE MELHOR E PIOR 14% O terceiro e último pelotão apresenta o que se tem de melhor e pior na eleição. Yglésio Moyses e Jeisael Marx tem a simpatia de todos os que observam a campanha de forma mais criteriosa. Demonstram conhecimento técnico diferenciado em todas as oportunidades que tiveram. Yglésio tem, disparado, o melhor horário eleitoral gratuito (assunto para outra publicação). Apesar disso, os números mostram que muito dificilmente um dos dois pode virar o jogo. Rubens Jr e Silvio Antônio são os grandes fracassados desta eleição. Os dois apostaram que levantar estandartes com fotos de Flávio Dino, Lula e Jair Bolsonaro muito mais do que apresentar propostas e mostrar a si mesmos iria funcionar, não funcionou. O desempenho de Rubens Jr, candidato que tem a maior coligação e apoio direto do governador Flávio Dino, indica que está por vir uma das mais fragorosas derrotas de um candidato do governo nestas eleições. Detalhe: Rubens Jr tem menos votos do que cinco candidatos que, também juntos, não possuem, nem de longe, 10% de sua estrutura política e financeira. A performance pífia de Silvio Antônio (que não pontuou) serve como alerta para a autointitulada “direita maranhense”: ficar gritando o nome de Jair Bolsonaro não é o bastante para sair do subsolo. Bira do Pindaré, Franklin Douglas e Hertz Dias fazem campanhas discretas e alcançam 5%. Os números do terceiro escalão reforçam a tese de que Braide pode ser eleito ainda no primeiro turno. Afinal de contas, é comum a parte do eleitorado a predileção pelo “candidato que vai ganhar”. E nesses 14%, provavelmente apenas os 6% de Rubens Jr são considerados inatingíveis por Braide. É esperar e aguardar.
Silvio Antônio denuncia “conspiração” contra sua candidatura
O candidato Pastor Silvio Antônio fez a opção definitiva pela caricatura nas eleições. Em live divulgada nas redes sociais, o candidato do PRTB afirmou que é vítima de uma “conspiração” promovida por institutos de pesquisa e demais candidatos. Silvio Antônio disputa pela primeira vez um cargo no executivo e afirmou em live que aparece apenas com 1% nas intenções de voto por estar sendo retirado das pesquisas. O candidato ainda disse que está enfrentando todos os demais candidatos. “São todos contra um”, disse. Silvio Antônio, que se identifica como representante da direta em São Luís, citou raramente o presidente Jair Bolsonaro durante a última Sabatina de O Estado/Imirante e foi ameno nas críticas ao comunismo no Maranhão. Ao que tudo indica, ao invés de optar pela defesa de valores, do ataque ao comunismo e defesa do legado Jair Bolsonaro, Silvio Antônio faz a opção pela fantasia.
Análise do 1º debate dos candidatos a prefeito de São Luís
Em um debate marcado pelo baixo desempenho dos líderes nas pesquisas, o deputado estadual Yglésio Moyses (PROS) surpreendeu e conseguiu ser o destaque. Algumas tradições dos debates a prefeito de São Luís foram mantidas, como erros patéticos do mediador e o tom ameno nos embates. Realizado pela Band, em parceria com a TV UFMA, o programa contou com todos os candidatos. Por 2h30 os participantes falaram em 4 blocos em que responderam sobre diversos temas. As regras foram as seguintes: 1º BLOCO: Apresentação dos candidatos (30 segundos); pergunta comum para todos os candidatos (1min e 30 segundos). 2º BLOCO: Perguntas entre os candidatos (sorteio – temas sorteados); 3º BLOCO: Perguntas entre os candidatos (sorteio – temas livres); 4º BLOCO: Considerações finais dos candidatos (2 minutos). Pois bem, Eduardo Braide (Podemos), Duarte Jr (Republicanos) e Neto Evangelista (DEM), que lideram todas as pesquisas de intenção de voto, tiveram participação apagada. As surpresas positivas ficaram a cargo de Yglésio Moyses (PROS) e Pastor Silvio Antonio (PRTB), os dois melhores. Carlos Madeira (Solidariedade) e Hertz Dias foram, indiscutivelmente, os piores. Abaixo uma análise breve de cada um dos candidatos. O desempenho dos participantes pode ser caracterizado como: muito bom, bom, mediano, ruim e desastroso. Eduardo Braide (Podemos): MEDIANO – Usou o tempo que dispôs para falar de sua atuação e de propostas para a cidade. Nada de novo ou que chamasse a atenção. Teve embates mornos. Apesar de não empolgar, não transpareceu estar “ensaiado” por marqueteiro. Líder nas pesquisas, não comprometeu em nada sua liderança. Duarte Jr (Republicanos): MEDIANO – Forçou muito sua passagem pelo PROCON. Apesar de sempre sorridente, aparentava certo nervosismo. Fez a opção por falar de si mesmo ao invés de apresentar propostas. Foi perseguido e perdeu o embate direto com Neto Evangelista. Neto Evangelista (DEM): MEDIANO – Teve participação muito semelhante a Eduardo Braide. Saiu-se bem quando atacado por Jeisael Marx e bateu muito forte em Duarte Jr. Apesar disso, também não empolgou. Rubens Pereira Jr (PCdoB): RUIM – Começou muito bem, mas perdeu-se no meio do caminho. O jeito “moleque” é forçado e não encaixa. Foi trucidado pelo Pastor Silvio Antônio quando perguntado sobre corrupção. Teve muita sorte do Pastor não saber onde bater na réplica. Bira do Pindaré (PSB): MEDIANO – Foi o primeiro a falar. Bem postado, sereno e muito bem na captação dos votos considerados mais à esquerda. Contudo, não trouxe nada de novo e nem teve embates que possibilitassem mais visibilidade. Deu muito azar ao cruzar com Hertz. Pastor Silvio Antônio (PRTB): BOM – Apagado até entrar em confronto com Rubens Jr. Trouxe o debate da corrupção e conseguiu desestabilizar completamente o comunista. Conseguiu apresentar-se como representante do bolsonarismo na eleição. Hertz Dias (PSTU): DESASTROSO – Sem dúvida alguma um dos mais despreparados candidatos que São Luís já teve. Tremeu no embate com Duarte Jr. Falou que São Luís exporta comodities e deixou clara a incapacidade de diferenciar uma mina e um porto. Conseguiu fazer todos sentirem saudades de Marcos Silva. #voltamarcossilva Franklin Douglas (PSOL): MEDIANO – O “candidato gente boa” do debate que esbarrou na repetição dos chavões do PSOL. Mentiu ao dizer que o auxílio emergencial foi criado pelo PSOL. Não soube aproveitar o embate com Bira para conquistar os votos na esquerda. Carlos Madeira (Solidariedade): DESASTROSO – A forma de expressar-se lembra políticos do interior. A forma de expressar-se compromete todo o suposto conteúdo que dizem ter o juiz aposentado. O mais caricato dos participantes do debate. Yglésio Moises (PROS): MUITO BOM – Vencedor do debate. Teve muita astúcia ao usar a posição de último a falar no primeiro bloco. Beirou o brilhantismo ao pontuar as falhas de cada um de todos os candidatos em seus discursos sobre saúde. Demonstrou concentração no que cada um dos candidatos falava. Se fosse boliche, poderíamos dizer que fez um “strike”. Apresentou números e fatos que embasavam suas críticas e propostas. Aparentava certo nervosismo, mas ele foi diluído. Venceu o debate no momento em que Jeisael Marx o convidou para assumir a secretaria de saúde. Depois disso, tudo o que aconteceu no debate foi secundário. Jeisael Marx (REDE): RUIM – Encarnou o papel de “menino mau” do debate. Tentou criar polêmicas, mas esbarrou em reações e respostas que o deixavam sem rumo. Em alguns momentos apelou para o vitimismo de “menino pobre” que Duarte Jr também usou. Participação esperada.