As inúmeras contradições da pandemia

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Não é grave, é grave. Fique em casa, procure ajuda. Não transmite, transmite. Não precisa de máscara, use máscara. Uma dose basta. Depois duas, três, agora quatro. O enfrentamento de um vírus desconhecido foi (e ainda é) uma montanha-russa de descobertas, que desafia os centros mais avançados da medicina e da pesquisa mundial. Em pouco mais de dois anos, a ciência teve um papel decisivo nos rumos da pandemia, ao trazer conhecimento, alternativas de tratamento e prevenção, e no desenvolvimento de vacinas contra a covid-19. Apesar dos inegáveis avanços, a emergência sanitária escancarou uma realidade global: sempre houve mais dúvidas do que certezas sobre a pandemia. E é natural que seja assim. Afinal, a ciência se baseia no ceticismo, na observação e na experimentação para formular conclusões. E não em crenças nem tabus.  No entanto, o que se viu ao longo dos meses de convivência com a doença foi uma tonelada de “orientações científicas” defendidas como verdades absolutas, sem possibilidade de questionamento algum. Pior. Em alguns momentos, o debate foi simplesmente interditado, e a tentativa de dialogar com opiniões divergentes foi desastrosa. Algumas notícias tachadas de “falsas” se mostraram reais no decorrer da crise. A possibilidade de um reforço quando autoridades ainda “pregavam” que o cidadão estaria completamente protegido com duas doses é só um exemplo. Sim, alguns países já estão na quarta injeção. É como se, de um lado, estivesse a ciência, incontestável, e, de outro, uma turma irresponsável que desdenha do conhecimento e do trabalho dos cientistas. No curso da crise sanitária, políticos e “gestores” globais juram de pés juntos que todas as suas decisões foram amparadas pelo rigor científico. Mas é só rebobinar um pouco a “fita pandêmica” para constatar que muitas medidas desafiaram não apenas a ciência, como também a lógica. A desconfiança e o cansaço de boa parte da população são justificáveis.  Quando a OMS decretou pandemia, o mundo registrava 118 mil casos de covid-19 em 114 países e mais de 4 mil mortes pela doença Diante das contradições e das incertezas em torno da pandemia — coisa que raríssimas autoridades são capazes de reconhecer —, Oeste reuniu algumas orientações que mudaram ao longo do tempo, sem prejuízo de outras, que (certamente) ainda estão por vir: Demora na decretação da pandemia A Organização Mundial da Saúde (OMS) demorou a reconhecer a gravidade da covid-19, o que contribuiu para que o vírus se espalhasse mais rápido pelo planeta. Em 14 de janeiro de 2020, a OMS divulgou, em seu perfil oficial do Twitter, que não havia evidências, segundo as autoridades chinesas, de que o coronavírus fosse transmitido entre humanos: “As investigações preliminares conduzidas pelas autoridades chinesas não encontraram ‘evidências claras’ de transmissão humano para humano do coronavírus identificado em Wuhan.” Preliminary investigations conducted by the Chinese authorities have found no clear evidence of human-to-human transmission of the novel #coronavirus (2019-nCoV) identified in #Wuhan, #China . pic.twitter.com/Fnl5P877VG — World Health Organization (WHO) (@WHO) January 14, 2020 Duas semanas depois, o órgão publicou que o contágio fora da China era “muito limitado”: “Até agora, WHO está atenta a um caso de transmissão humano para humano do coronavírus fora da China, no Vietnã. Ainda é um caso em muitos. Mas estamos encorajados que até agora não vimos mais transmissão de humano para humano fora da China. Estamos monitorando o surto constantemente.” So far, WHO is aware of one case of human-to-human transmission of #coronavirus outside , in Vietnam. That’s still one case too many. But we’re encouraged that so far we have not seen more human-to-human transmission outside . We’re monitoring the outbreak constantly. pic.twitter.com/Kh3bwljpDG — World Health Organization (WHO) (@WHO) January 27, 2020 O reconhecimento oficial da pandemia pelo presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, só aconteceu na segunda semana de março de 2020: “Esta é a primeira pandemia causada por um coronavírus. Não podemos dizer isso alto o suficiente, com clareza suficiente ou com frequência suficiente: todos os países ainda podem mudar o curso da pandemia. Esta é a primeira pandemia que pode ser controlada.” Describing the situation as a pandemic does not change @WHO’s assessment of the threat posed by this #coronavirus. It doesn’t change what WHO is doing, and it doesn’t change what countries should do. https://t.co/B50XcObEva — Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) March 11, 2020 Quando a OMS decretou pandemia, o mundo registrava 118 mil casos de covid-19 em 114 países e 4.291 mortes pela doença.   Uso de máscara No início da crise sanitária, a OMS afirmava que não havia evidências suficientes para recomendar o uso de máscaras em pessoas saudáveis. O órgão aconselhava o uso do item de segurança apenas por doentes, por profissionais da saúde e pessoas em contato com contaminados.  No entanto, em junho de 2020, a OMS mudou a orientação, com base em estudos, e disse que as máscaras deveriam ser usadas em público, para ajudar a impedir a propagação do coronavírus. Mas o órgão não recomendava o uso do equipamento de proteção durante a prática de atividades físicas. Ao mesmo tempo, no Brasil, a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) defendia o uso do equipamento para praticar exercícios físicos. “Se você pedala em uma bicicleta, o deslocamento do seu corpo produz um turbilhonamento do ar, formando um pequeno vácuo atrás, que cria uma ‘cauda’, como se fosse um cometa, levando as gotículas da sua saliva. Quem vier atrás será atingido, mesmo a uma distância de 10 a 20 metros”, disse Carlos Alberto Eid, coordenador da comissão de atendimento pré-hospitalar da Abramet. Boa parte das cidades brasileiras instituiu o uso obrigatório de máscaras, em locais abertos e fechados, e impôs cobrança de multa para quem não usasse o item. No Estado de São Paulo, o uso de máscaras continua obrigatório pelo menos até 31 de março.  Hospital? Só em caso de falta de ar Enquanto esteve à frente da pasta, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta foi criticado por orientar as pessoas com sintomas de covid-19 a ficarem em casa e só procurarem ajuda médica em caso de falta de ar.  Ao

Unicef exige que governantes mantenham escolas abertas

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A diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Henrietta Fore, defendeu a abertura das instituições de ensino. De acordo com o Unicef, aproximadamente 616 milhões de crianças estão sendo afetadas pelos fechamentos parcial ou total das escolas pelo mundo por causa da pandemia do novo coronavírus. “Sem desculpas. Mantenham as escolas abertas. As crianças não podem esperar […] Precisamos de ações ousadas para permitir que todas as crianças voltem à escola. Isso inclui fornecer apoio abrangente com foco particular em crianças vulneráveis em cada comunidade”, defendeu. A diretora-executiva também afirmou que o Unicef apoia a imunização de crianças, mas solicitou que os governantes não façam da vacinação do público infantil um pré-requisito para o ensino presencial. “Ao se condicionar o acesso à educação presencial à vacinação contra a covid-19, corre-se o risco de negar às crianças o acesso à educação e aumentar as desigualdades”, destacou.

Suécia aconselha pela não vacinação de crianças contra covid

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A Agência de Saúde da Suécia decidiu, nesta quinta (27), não recomendar a imunização contra o novo coronvírus para crianças de 5 a 11 anos. O argumento é que, além da decisão pode ser voltada atrás mediante pesquisas pesquisas futuras ou se uma nova variante alterar o rumo da pandemia, os benefícios da vacinação nessa faixa etária não superam os riscos. “Com o conhecimento que temos hoje, com um baixo risco de doença grave para as crianças, não vemos nenhum benefício claro em vaciná-las”, afirmou a presidente da agência, Britta Bjorkholm, em conferência de imprensa. Crianças em grupos de risco ainda podem receber o imunizante contra a Covid-19.

Prefeitura anuncia vacinação de crianças de 6 e 5 anos

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A Prefeitura de São Luís inícia de vacinação contra o novo coronavírus para as crianças de 6 e 5 anos. Nesta quarta (26) serão imunizadas as crianças com 6 anos, já na quinta (27), a vacina será aplicada para as crianças de 5 anos e assim fecha o calendário de imunização contra a Covid-19 para o publico infantil. A vacinação do público pediátrico de 5 a 11 anos com comorbidades segue normalmente na capital. Os locais de vacinação funcionam das 8h às 18h, sendo eles: – Centro de Vacinação do Multicenter Sebrae, no Cohafuma;– Centro de Vacinação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), no Bacanga;– Centro de Vacinação da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), na Cidade Operária;– Centro de Vacinação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), no Maracanã – Zona Rural;– Drive-thru do Shopping da Ilha, no Maranhão Novo;– Drive-thru da Universidade Ceuma, no Renascença.

Prefeitura amplia da vacinação para crianças de 11 anos

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A Prefeitura de São Luís divulgou, nesta terça (18), a ampliação da vacinação de crianças contra Covid-19. Crianças de 11 anos sem comorbidades ou deficiências receberão a primeira dose do imunizante na quarta (19) e quinta (20). “Receberemos mais um lote da vacina pediátrica da Pfizer e com isso estamos ampliando a vacinação das nossas crianças. Desde sábado, estamos aplicando a primeira dose em crianças de 5 a 11 anos que têm comorbidades, são neurodiversos ou têm alguma deficiência. Agora vamos vacinar o público infantil em geral, começando pelas crianças de 11 anos”, pontuou o prefeito. A Prefeitura colocou a disposição seis pontos de atendimento de 8h às 18h, entre os quais, a partir de amanhã, poderão se vacinar as crianças de 11 anos nascidas de janeiro a junho. Para receber a 1ª dose da vacina, as crianças precisam estar acompanhadas dos pais ou outro responsável, levar certidão de nascimento ou RG. O público pediátrico que apresentar sintomas gripais ou que testaram positivo para o novo coronavírus só poderão se imunizar após quatro semanas. “A vacinação das nossas crianças é mais uma vitória nossa contra a pandemia. E assim que mais doses forem chegando vamos anunciando novos públicos, assim como fizemos durante toda a campanha de imunização da população adulta”, assegurou Eduardo Braide. O esquema vacinal para crianças de 5 a 11 anos tem o intervalo de oito semanas entre a primeira e a segunda dose, tendo em vista que o imunizante tem dosagem e composição diferentes da que é utilizada na dose para os maiores de 12 anos. Pontos de vacinação – Centro Municipal de Vacinação (CMV) Multicenter Sebrae, localizado no Cohafuma; – CMV Universidade Federal do Maranhão (UFMA), no Bacanga; – CMV da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), na Cidade Operária; – CMV Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), no Maracanã – Zona Rural; – Drive-thru do Shopping da Ilha, no Maranhão Novo; – Drive-thru da Universidade Ceuma, no Renascença.

Mais de 60% dos leitos de UTI estão ocupados na Grande Ilha

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A Secretaria de Estado de Saúde do Maranhão (SES/MA) informou no último boletim epidemiológico divulgada na noite dessa segunda (17) que o 67,74% dos leitos de UTI estão ocupadas na Grande Ilha e a taxa de ocupação dos leitos clínicos exclusivos para a Covid-19 está em 62,73%. O Maranhão atingiu a marca de 374.563 casos de Covid-19, sendo 10.422 óbitos. A SES/MA também informou que nas últimas 24 horas, nenhum óbito foi registrado. Atualmente 3.342 pessoas estão cumprindo o isolamento domiciliar, 139 internadas em enfermarias e 122 nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Síndromes gripais leves Nesta terça (18), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) vai retomar os ambulatórios de Síndromes Gripais Leves em novos espaços para atendimento da população com sintomas leves na Grande Ilha. O início aconteceu na semana passada para descentralizar os atendimentos e diminuir a pressão sobre as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Portanto, nesta semana, de 18 a 21 de janeiro, os ambulatórios funcionarão das 8h às 16h, no bairro do Cruzeiro do Anil, na Escola Maria do Carmo Abreu da Silveira, localizada na Avenida São Sebastião, em São Luís. Em São José de Ribamar (Centro Educa Mais – Escola CAIC São Raimundo, na rua São Silvestre, nº 125, São Raimundo). Já na cidade da Raposa, o ambulatório, que funcionará na terça (18) e na quarta-feira (19), estará na Unidade Integrada Sarney Filho, na Estrada da Raposa.

TRE-MA exige comprovante vacinal para acesso às unidades

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O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão passou a exigir, a partir de hoje (17), a comprovação do esquema vacinal completo contra o novo coronavírus. A medida é valida em todas as dependências dos fóruns e cartórios eleitorais do Estado, envolvendo o ingresso de servidores, magistrados, colaboradores, estagiários, prestadores de serviços, terceirizados, defensores públicos, membros do Ministério Público, advogados e público em geral. A comprovação pode ser feita através do certificado de vacinas digital disponível na plataforma do Conecte SUS ou pelo comprovante, caderneta ou cartão de vacinação impresso em papel timbrado, emitido em nome do interessado no momento da imunização por instituição governamental nacional ou estrangeira ou institutos de pesquisa clínica. Aquelas pessoas que não possuem o esquema vacinal completo ou que possuem contraindicação à vacina para a Covid-19 devem mostrar documento comprobatório de realização de teste para rastreio da infecção pelo coronavírus com resultado negativo ou não detectável, do tipo teste de antígeno, realizado em até 24h anteriores, ou laboratorial RT-PCR, realizado em até 72h anteriores. Os que possuem contraindicação à vacina, além do documento comprobatório, devem apresentar laudo médico comprovando restrição à imunização.

Assembleia Legislativa adota novas regras a partir desta terça

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A Assembleia Legislativa do Maranhão adota novas regras a partir desta terça (1º) e passa a seguir um novo protocolo administrativo e sanitário no intuito de enfrentar à Covid-19 e síndromes gripais em suas dependências. De hoje em diante, o ingresso à Casa Legislativa mantém-se restrito aos deputados, servidores, estagiários e terceirizados, cujo acesso às dependências por parte de visitantes fica condicionada ao agendamento antecipado junto ao Gabinete Militar. Os serviços e atividades presenciais na Alema voltam a ser realizados no período normal, das 8h às 18h. Os servidores que não tiverem completado o ciclo das duas doses da vacina deverão mostrar, semanalmente, o PCR com resultado negativo ao Gabinete Militar que enviará cópia à Diretoria de Saúde e Medicina Ocupacional. Assinada pelos deputados Othelino Neto (presidente da Alema), Andreia Martins Rezende (primeira secretária) e Cleide Coutinho (segunda secretária), a Resolução Administrativa 079/2022 da Mesa Diretora mantém a obrigatoriedade do uso das máscaras faciais.

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