Cinco fatos expõem a farsa do governo Lula sobre a economia

Economia Narrativa

BRASIL, 02 de junho de 2025 – O PIB avança, o desemprego está próximo do piso da série histórica, a Bolsa de Valores tem subido. O cenário levou o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, a afirmar dias atrás que “o país está muito bem”. A frase ecoou declaração semelhante da ministra do Planejamento, Simone Tebet, que em março disse nunca ter visto momento econômico tão positivo. Apesar da comemoração do governo Lula, uma série de indicadores mostra que a realidade da economia é mais preocupante: 1. Inflação é a maior em mais de dois anos A inflação se mostra persistente e em níveis elevados. O IPCA acumulado em 12 meses atingiu 5,53% até abril, segundo o IBGE — o maior índice em mais de dois anos, mais de um ponto percentual acima do teto da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O Bradesco projeta que o pico da inflação ocorrerá ocorrerá apenas em agosto. O mercado de trabalho aquecido é um dos principais fatores que contibuem para jogar os preços para cima. Apesar de o desemprego ter subido de 6,1% em novembro para 6,6% em abril, o indicador para esse mês foi o menor desde o início da série histórica. A combinação de baixo desemprego, geração de empregos formais, crescimento real de salários e o impulso dos gastos governamentais ajudam a sustentar a demanda e, consequentemente, os preços. Em paralelo, problemas de oferta fizeram disparar a inflação dos alimentos. 2. Taxa de juros chegou ao maior nível em quase duas décadas A persistência da inflação levou o Banco Central a apertar a política monetária. A taxa básica de juros (Selic) está em alta desde o segundo semestre de 2024, e na última reunião o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para 14,75% ao ano. A taxa é a maior em 19 anos. Analistas acreditam que o ciclo de alta possa ter terminado. Os contratos futuros na B3 indicavam, na sexta (30), 66% de probabilidade de manutenção da Selic na próxima reunião, na segunda quinzena de junho. Cortes, na melhor das hipóteses, devem acontecer somente a partir de junho e o retorno das taxas a um dígito não deve ocorrer antes de 2028, segundo o boletim Focus, que reúne expectativas coletadas pelo BC juinto a instituições financeiras e consultorias. Outra preocupação dos economistas é com os desdobramentos do cenário fiscal. O Itaú alerta que eventuais mudanças nas regras fiscais em 2026 representam o principal risco, podendo exigir juros elevados por um período mais prolongado. 3. País nunca teve tantas empresas e pessoas com dívidas em atraso A combinação de juros altos e inflação persistente tem causado efeitos devastadores na economia. Em abril, 76,6 milhões de brasileiros (47,1% da população ativa) acumulavam dívidas em atraso superior a 90 dias, totalizando R$ 457,4 bilhões. No setor empresarial, 7,3 milhões de companhias estavam negativadas (31,9% do total nacional), com dívidas de R$ 180 bilhões. A inadimplência de pessoas físicas e jurídicas atingiu os maiores patamares desde 2016, início da série histórica da Serasa Experian. Os pequenos negócios são os mais vulneráveis. Das empresas inadimplentes, 6,9 milhões são de micro, pequeno e médio porte, acumulando R$ 146,2 bilhões em débitos. “Eles têm menor capital de giro, maior dependência do crédito bancário e menos margem para absorver oscilações”, explica Camila Abdelmalack, economista da Serasa Experian. Pesquisa da CNC mostra que 77,6% das famílias brasileiras tinham dívidas pendentes em abril — o maior percentual desde agosto. Entre elas 12,4% não conseguem quitar débitos em atraso, interrompendo em abril uma queda de três meses consecutivos neste indicador. No mesmo período de 2023, o índice era 12,1%.

Ex-ministro admite fake news sobre agricultura familiar

Ex-ministro narrativa

BRASIL, 20 de dezembro de 2024 – O ex-ministro de Combate à Fome, José Graziano da Silva, confessou que o dado amplamente difundido de que 70% dos alimentos consumidos no Brasil são provenientes da agricultura familiar foi inventado. A declaração ocorreu durante um seminário sobre pobreza rural no semiárido nordestino, neste mês, gerando grande repercussão. Graziano afirmou que o percentual de 70% não tem base em dados concretos, revelando que a informação foi criada no início dos anos 2000 por falta de um censo agropecuário atualizado. “Não acho que nós comemos o que é produzido por agricultores familiares. Esse número não existe em lugar algum”, admitiu o ex-ministro, considerado o “pai do programa Fome Zero”. O ex-diretor-geral da FAO justificou que, à época, o último censo agropecuário disponível era de 1970. “Sem informações confiáveis, optamos por usar 70% para evitar disputas. Mas é hora de virar essa página”, declarou.

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.