Governo Lula admite que meta ambiental é inviável de cumprir

Meta ministério

BRASÍLIA, 05 de junho de 2025 – O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) fez uma crítica direta à meta do governo Lula e ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) sobre o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal em todos os biomas do país até 2030 e declarou que se trata de um plano inviável, sem conexão com a realidade. A declaração consta de uma avaliação formal realizada nesta semana, a partir de um pedido do MMA. A Folha teve acesso aos documentos que incluem a análise da pasta da Agricultura. O objetivo do Mapa era avaliar uma solicitação do MMA sobre o Plano Setorial de Uso e Cobertura da Terra em Áreas Públicas. Esse plano, que é interministerial, está em fase de elaboração e é coordenado pelo MMA. Ele faz parte das ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, ao organizar e controlar o uso de terras públicas, com combate ao desmatamento ilegal e ocupações irregulares. Ao abordar o Mapa, a pasta comandada pela ministra Marina Silva queria que seu vizinho de Esplanada apontasse sugestões para melhorar uma das ações previstas no plano, que é a de “monitorar as cadeias produtivas”, medida que tem como meta zerar o desmatamento ilegal em áreas públicas de todos os biomas. O Mapa, em seu parecer interno, foi direto sobre o que pensa do assunto. “Consideramos ainda relevante registrar que entendemos que o aceite da desejável ação ‘Eliminar o desmatamento ilegal em áreas públicas de todos os biomas brasileiros’ como fora da realidade e da razoabilidade, sendo de forma prática impossível de ser cumprida”, afirmou. A manifestação da Coordenação de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável do Mapa foi encaminhada para outro setor do ministério, a Coordenação de Mudança do Clima e Desenvolvimento Sustentável. Em sua solicitação de colaboração, o Ministério do Meio Ambiente também citava a proposta de se desenvolver um “Plano Nacional de Rastreabilidade”, com mecanismos para rastrear produtos agropecuários em terras públicas. Sobre esse ponto, o Mapa declarou que esse plano não existe dentro da pasta e que “a iniciativa hoje em desenvolvimento se refere apenas à rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos (búfalos)”.

Secom investe R$ 1,1 milhão em publicidade na Meta em um mês

Secom publicidade

BRASÍLIA, 10 de janeiro de 2025 – A Secretaria de Comunicação Social (Secom) investiu R$ 1,1 milhão em publicidade na plataforma Meta ao longo de um mês. Os recursos foram destinados para impulsionar conteúdos nos perfis oficiais do governo no Instagram e no Facebook, segundo informações da Biblioteca de Anúncios da Meta. O período de veiculação das campanhas ocorreu entre 6 de janeiro e 4 de fevereiro, com a promoção de 48 publicidades. Dessas campanhas, 18 incluíram rótulos que identificam o Governo do Brasil como financiador dos anúncios, somando um gasto de R$ 987,6 mil. Os conteúdos destacados trataram de temas como agronegócio, redução do desemprego, combate à fome e educação, liderando os investimentos do período. DIVULGAÇÃO DO PROGRAMA ACREDITA A Secom também destinou recursos à promoção do programa Acredita, voltado para oferecer crédito e renegociação de dívidas a microempresas, microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas empresas. Para essa iniciativa, foram aplicados R$ 128 mil, impulsionando 30 postagens sobre o programa. O programa, que já havia sido divulgado em dezembro de 2024, voltou a ser promovido a partir de 8 de janeiro. A nova campanha ocorreu após a Receita Federal anunciar a fiscalização de transferências via Pix superiores a R$ 5 mil, medida que enfrentou forte rejeição de pequenos comerciantes e trabalhadores informais. Diante da repercussão negativa, o governo revogou a norma em 15 de janeiro. Em entrevista ao Poder360, a Secom esclareceu que o uso de dois rótulos distintos nos anúncios foi necessário devido às limitações nas contas de anúncio da plataforma. A secretaria também ressaltou que os recursos empregados na publicidade são provenientes integralmente do seu orçamento.

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