Ministério Público denuncia Júnior Lourenço e Eduardo Belfort

O Ministério Público do Estado denunciou empresários, o deputado federal José Lourenço Bonfim Júnior, o ex-prefeito de Miranda do Norte Carlos Eduardo Fonseca Belfort, e pessoas que ocupavam cargos na prefeitura. Deflagrada pelo Gaeco no dia 15 de abril, a Operação Laços de Família cumpriu 32 mandados de busca e apreensão em Bom Jardim, Miranda do Norte, Paço do Lumiar, São Luís e São José de Ribamar. Com base na investigação, o MP ofereceu denúncia pelos crimes de fraude em licitação, organização criminosa, peculado e pagamento de R$ R$ 22.061.477,53 como reparação de danos. De acordo com denúncias que tiveram iniciativa do Tribunal de Contas da União (TCU), foram constatados desvios de recursos na Prefeitura de Miranda do Norte entre 2017 a 2020 durante a gestão do ex-prefeito Negão. O esquema apontou a existência de organização criminosa porque a mesma metodologia para o crime teria sido utilizada pelo ex-prefeito do município e atual deputado federal Júnior Lourenço, quando comandou a cidade entre 2009 a 2016.
Deputado federal e ex-prefeito são alvos de operação policial

Nesta quarta-feira (15), através de determinação expedida pela 1º Vara Criminal de São Luís, o deputado federal, Júnior Lourenço (PL), e o ex-prefeito de Miranda do Norte, Eduardo Belfort (PSDB), também conhecido como Negão, foram alvos de operação policial. Com mandados de busca e apreensão cumpridos na capital maranhense, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Miranda do Norte e Bom Jardim, a operação denominada Laços de Família é um desdobramento de denúncia do TCU que investiga desvios da ordem de R$ 22 milhões por meio de processos licitatórios e contratos fraudulentos por organização criminosa, através de empresas de fachada. De acordo com o Ministério Público, há indícios de que Júnior Lourenço e Negão estariam usando recursos públicos para sanar dívidas pessoais junto ao Tribunal de Contas da União. Por conta disso, as diligências foram realizadas nos domicílios dos investigados, em sedes das empresas PM Construções e Serviços Ltda, J Rodrigues, F Cipião, e sede da Prefeitura de Miranda do Norte. Conforme investigação, as empresas não possuíam capacidade técnica e nem lastro financeiro para cumprir contratos firmados com o município citado. O nome da operação deve-se à provável ligação de familiares, funcionários e amigos de gestores públicos com o esquema, de acordo com a apuração. A operação é deflagrada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público (Gaeco), além de 24 equipes da Polícia Civil compostas por delegados, investigadores e escrivães da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor).