Área queimada no Brasil até novembro atinge maior nível
BRASIL, 16 de dezembro de 2024 – O Brasil registrou a maior área queimada dos últimos seis anos entre janeiro e novembro de 2024, totalizando 29,7 milhões de hectares. O número representa um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2023, quando a área atingida foi 14 milhões de hectares menor. Segundo o Monitor do Fogo, do MapBiomas, a extensão total equivale ao tamanho do estado do Rio Grande do Sul. Mais da metade das queimadas no período ocorreu na Amazônia, onde 16,9 milhões de hectares foram afetados. O bioma registrou a destruição de 7,6 milhões de hectares de florestas, superando as pastagens queimadas, que somaram 5,59 milhões de hectares.
Degradação da Amazônia por queimadas é a maior em 15 anos
BRASIL, 27 de novembro de 2024 – A floresta amazônica registrou um recorde alarmante de degradação por queimadas em 2024. De janeiro a setembro, a área afetada chegou a 26.246 km², o maior índice em 15 anos de monitoramento pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do instituto Imazon. Para se ter uma ideia da dimensão, essa extensão equivale ao tamanho de 17 cidades de São Paulo. No mesmo período de 2023, a degradação foi de 1.922 km², representando um aumento impressionante de 1.265%. O termo “degradação” refere-se aos impactos na floresta causados por queimadas e exploração de madeira, diferente do desmatamento, que implica o corte completo de áreas antes preservadas. Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o aumento das áreas degradadas está ligado aos incêndios florestais, intensificados pela crise climática e pela pior seca na região nos últimos 45 anos.
Moradores protestam após incêndio atingir casas na Forquilha
SÃO LUÍS, 31 de outubro de 2024 – Famílias impactadas pelo incêndio na loja Vem Ki Tem, no bairro da Forquilha, realizaram uma manifestação na noite desta quarta (30), bloqueando a Avenida Guajajaras. A mobilização, que causou congestionamentos no trânsito, visava chamar atenção para as dificuldades enfrentadas pelos moradores, cujas residências foram danificadas pelo incêndio ocorrido há três meses. Até o momento, a loja não emitiu nenhum posicionamento público sobre o incidente. Na última terça (29), o deputado Dr. Yglésio relatou a situação precária dos moradores que vivem próximos à loja e que foram diretamente impactados pelo incidente. Segundo ele, o incêndio prejudicou aproximadamente 25 residências, tornando-as inabitáveis e obrigando cerca de cem pessoas a se abrigarem com familiares ou a arcar com aluguéis temporários.
Yglésio denuncia descaso com famílias afetadas por incêndio
SÃO LUÍS, 30 de outubro de 2024 – O deputado Dr. Yglésio denunciou, nesta terça (29), a situação crítica das famílias que residem próximas à loja VemKiTem, afetadas pelo incêndio de grandes proporções que destruiu o estabelecimento há cerca de três meses. Segundo o parlamentar, aproximadamente 25 residências foram prejudicadas estruturalmente, tornando-se inabitáveis, mas a empresa se recusa a dialogar com as famílias, especialmente com aquelas que possuem apoio jurídico ou laudos técnicos. “A empresa se nega a dialogar com qualquer pessoa que tenha ou um advogado, ou um laudo de engenharia, um engenheiro dando assistência”, declarou o deputado. O deputado questionou essa postura, afirmando que a empresa apenas considera dialogar com aqueles que, por falta de recursos, não conseguem debater as perdas sofridas. “Ela só quer dialogar com quem não tem condições de debater as perdas que sofreu, os lucros cessantes que eventualmente possam ter advindo de todo esse problema?”, indagou.
Brasil volta a superar mil focos de incêndio em apenas 1 dia
BRASIL, 23 de outubro de 2024 – O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registrou seis ondas de calor e apenas quatro de frio em 2024 no Brasil. A seca em várias regiões do país, como a Amazônia, começou antes do previsto, intensificando-se um mês antes do início do inverno. Na Amazônia, além dos incêndios, a seca é motivo de grande preocupação. Municípios da região enfrentam quase um ano de estiagem, a mais longa já registrada. Três fatores principais explicam esse cenário: o fenômeno climático El Niño, o aquecimento anormal das águas do Atlântico Tropical Norte e as temperaturas globais recordes. O El Niño, ocorrido no Oceano Pacífico, impactou o regime de chuvas, atingindo seu pico no início do ano. A temperatura do Atlântico Tropical Norte aumentou entre 1,2°C e 1,4°C, e o mês de julho foi o mais quente da história, gerando ondas de calor intensas.
Queimadas na Amazônia em 2024 já superam total de 2023
BRASIL, 27 de setembro de 2024 – A Amazônia já contabilizou mais queimadas em 2024 do que em todo o ano de 2023, conforme relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Até quarta (25), foram identificados 102.993 focos de calor, superando os 98.646 de 2023. Setembro já é o mês com o maior número de queimadas em 2024, com 39.804 focos registrados, ultrapassando a média histórica de 32,2 mil.
Vereador é preso acusado de participar de incêndio a TV
SÃO LUÍS, 26 de setembro de 2024 – O vereador Júnior Passos, de Bom Lugar, foi preso nesta quinta (26) sob a acusação de envolvimento no incêndio que atingiu a sede da TV Cidade, retransmissora da Record, localizada em Bacabal. A detenção ocorreu após surgirem rumores sobre sua possível participação no incidente. O parlamentar compareceu espontaneamente à delegacia da cidade para esclarecer sua inocência em relação às acusações. Em entrevista à imprensa local, Júnior Passos negou qualquer envolvimento no crime, reforçando sua posição de que não tinha participação no ataque. Entretanto, após a entrevista, o vereador foi autuado em flagrante pela polícia.
Pantanal e Amazônia têm piores incêndios em quase 20 anos
BRASIL, 23 de setembro de 2024 –Os incêndios que devastam o Pantanal e a Amazônia neste ano atingiram a pior intensidade em quase duas décadas, afetando a qualidade do ar em boa parte da América do Sul. De acordo com o relatório do Observatório Europeu Copernicus, divulgado nesta segunda (23), os focos de incêndio, a extensão das áreas atingidas e as emissões de carbono atingiram níveis alarmantes. O Serviço de Monitoramento da Atmosfera do Copernicus (CAMS) revelou que as queimadas na região estão acima da média histórica. Até 19 de setembro, as emissões de carbono no Brasil somaram 183 megatoneladas (Mt CO₂), número comparável ao recorde de 2007, quando 65 megatoneladas foram emitidas apenas em setembro. Nos Estados de Amazonas e Mato Grosso do Sul, onde fica o Pantanal, as emissões também atingiram marcas recordes. Foram emitidas 28 e 15 megatoneladas de carbono, respectivamente, o maior valor nos 22 anos de monitoramento do CAMS.
