Estados com governos de direita lideram queda de homicídios

BRASIL, 23 de maio de 2025 – O Atlas da Violência 2025 revela que 45.747 pessoas foram vítimas de homicídios em 2023, último ano de referência no levantamento divulgado na semana passada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Os dados apontam para a menor taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes no Brasil no período de 11 anos e colocam os três estados do Sul e dois do Sudeste como os menos violentos do país, além do Distrito Federal. São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná possuem os melhores indicadores na primeira escala até 19,9 mortes por 100 mil habitantes e lideram o ranking geral dos estados. Apesar de não entrar no primeiro grupo, o estado de Goiás registrou uma das maiores quedas da taxa de homícidios em uma década com redução de 53,9% entre 2013 e 2023. O estudo apresenta os dados de “homicídios registrados” e também números de “homicídios estimados”, sendo que no último caso, o Atlas da Violência leva em consideração os óbitos registrados por agressões e ocorrências durante as ações policiais, denominadas como “intervenção legal”.
Homicídios de bebês e crianças crescem 15,6% no Brasil

BRASIL, 14 de maio de 2025 – O número de homicídios registrados de crianças de até 14 anos cresceu 15,6% no Brasil entre 2021 e 2022, segundo o Atlas da Violência 2024, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A elevação quebra a tendência de queda observada nos anos anteriores e representa o maior índice desde 2020. De acordo com o relatório, foram assassinadas em 2022 um total de 495 crianças e bebês com até 14 anos: 147 infantes (de até 4 anos) e 348 crianças (de 5 a 14 anos). No ano anterior, foram registradas 152 mortes na primeira faixa etária e 372 na segunda. Com isso, o total passou de 524 para 495, o que representa uma redução bruta de 5,5%. No entanto, ao considerar o crescimento específico de 2022 em relação a 2021, a publicação alerta para a “reversão parcial na trajetória de queda” e destaca que “a taxa de homicídios infantis teve variação de +15,6% no consolidado entre as duas faixas etárias”. O documento também mostra que, entre 2012 e 2022, foram registrados 2,1 mil homicídios de infantes (de até 4 anos) e 7 mil homicídios de crianças (de 5 a 14 anos). Embora a taxa de homicídios por 100 mil habitantes tenha reduzido no período, os dados recentes sugerem uma possível inflexão dessa tendência. A arma de fogo foi o instrumento utilizado com maior frequência nos homicídios de crianças de 5 a 14 anos e responde por 70,2% dos casos. Já entre os bebês e crianças pequenas, de até 4 anos, as armas de fogo foram usadas em 19,9% dos homicídios, seguidas por objetos contundentes (19,1%) e perfurantes (7,5%). A residência foi o principal local das ocorrências de violência contra crianças. Entre os infantes, 67,5% das agressões ocorreram dentro de casa; entre crianças de 5 a 14 anos, esse porcentual foi de 65,6%.
Em homicídios em 2025 já superam números do janeiro de 2024

MARANHÃO, 17 de janeiro de 2025 – O número de homicídios dolosos na Grande São Luís, que abrange os municípios de São Luís, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar, alcançou 17 casos até 17 de janeiro de 2025. Esse total supera os 16 assassinatos registrados durante todo o mês de janeiro de 2024. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, o índice reforça a tendência de aumento da violência na região. Entre os crimes mais recentes está o assassinato de Breno Vinicius, ocorrido na noite de 16 de janeiro no Residencial Luiz Bacelar, região Itaqui-Bacanga. De acordo com testemunhas, o jovem foi baleado e perseguido por seu assassino, chegando a invadir uma residência para tentar se proteger, mas morreu no local. Uma mulher que estava na casa foi atingida por um disparo, mas sobreviveu após ser socorrida. Ainda segundo as investigações preliminares da Polícia Civil, há suspeitas de que Breno tenha sido morto por integrantes de uma facção criminosa, após supostamente agredir uma mulher com quem mantinha um relacionamento. A motivação do crime segue em apuração.
Imperatriz atinge marca de 100 homicídios no ano de 2024

IMPERATRIZ, 23 de setembro de 2024 – Duas mortes foram registradas neste domingo (22), em Imperatriz, e com isso a cidade atingiu a marca de 100 homicídios em 2024. O número é superior ao mesmo período de 2023, quando até o mês de setembro foram registrados 96 mortes violentas. Uma das vítimas foi Kerlisson Gomes Duarte, de 27 anos, assassinado a tiros na Vila Vitória por dois suspeitos que passaram em uma moto atirando. O irmão dele, Revylson Gomes, de 18, também foi baleado e levado em estado grave para o hospital. A polícia aponta que o crime tem características de execução. O corpo de Kerlisson passou mais de 7 horas no chão porque não havia veículo disponível do Instituto de Criminalística.
Grande Ilha registra 25 homicídios em agosto, aponta SSP-MA

SÃO LUÍS, 26 de agosto de 2024 – A região metropolitana de São Luís contabilizou 25 homicídios durante o mês de agosto, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública. O número representa quase uma morte por dia, destacando o aumento da violência na Grande Ilha. No dia 26 de agosto, a polícia encontrou o corpo de Yuri Kayky Cruz, de 24 anos, no bairro Vila Embratel, em São Luís. A vítima foi localizada em uma área de construção na rua 06 de abril, com um tiro na cabeça. Além disso, agosto se tornou o terceiro mês mais violento de 2024 na região. Em abril, foram registrados 27 homicídios, seguido por maio, com 26 mortes. Dessa forma, a escalada da violência preocupa autoridades e moradores. Os familiares de Yuri informaram que ele havia deixado o sistema prisional há cerca de seis meses. Contudo, a polícia ainda não confirmou se esse fato está relacionado à motivação do crime.
Crimes e mortes políticas ameaçam democracia em ano eleitoral

BRASIL, 31 de julho de 2024 – Em 2020, durante o ultimo pleito eleitoral municipal no Brasil, houve um aumento expressivo na violência política, com uma alta de 196% nas ocorrências de assassinatos e atentados nas primeiras semanas do calendário oficial daquele pleito. Ao menos 45 casos foram contabilizados como violência política, incluindo assassinatos, agressões, atentados e ofensas. Os dados, do relatório “Violência Política e Eleitoral no Brasil”, produzido pela iniciativa Terra de Direitos e Justiça Global, dizem que foram registrados 13 assassinatos e 14 atentados entre 1º de janeiro e 1º de setembro de 2020. Já entre 2 de setembro e 29 de novembro, foram contabilizados 14 assassinatos e 66 atentados contra candidatos e candidatas a prefeituras e câmaras de vereadores de diversas siglas partidárias. Esses números colidem com uma projeção feita pelo jornal O Estado de São Paulo, que apontou cerca de 76 assassinatos políticos em 2020. Os Estados com mais casos de mortes políticas foram Rio de Janeiro (26 casos), Pará (8), São Paulo (6) e Alagoas (5).
Governo deturpa dados para se apropriar de queda na violência

BRASÍLIA, 06 de fevereiro de 2024 – Na quarta (31), o governo federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), divulgou um balanço anual sobre segurança pública no Brasil, destacando uma queda significativa nos homicídios em 2023. No entanto, a apresentação dos dados gerou controvérsias devido a uma possível deturpação gráfica da série histórica, levantando questionamentos sobre a interpretação dos resultados. O ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, atribuiu a redução da violência a ações do governo atual, mencionando a política de desarmamento como um dos fatores determinantes. Ele destacou o fim da era de “banalização do acesso à arma” e a correlação entre menos armas e menos crimes, reforçando a importância das medidas implementadas pelo governo. Entretanto, críticos, como o jurista Fabricio Rebelo, coordenador do Centro de Pesquisa em Direito e Segurança (Cepedes), contestam a interpretação dos dados e apontam para uma suposta manipulação gráfica nas redes sociais do MJSP. Rebelo destaca que a retórica desarmamentista carece de fundamentos científicos e sugere que análises objetivas contradizem a ideia de que políticas de desarmamento estão diretamente ligadas à redução de crimes. “A representação já deixa bastante claro que o governo pretende utilizar politicamente os indicadores que agora anuncia, tentando não dar ênfase ao fato de que as maiores reduções históricas da série de homicídios se estabeleceu no governo anterior”, declarou. A polêmica se intensifica com a comparação do gráfico divulgado pelo governo, que destaca a queda dos homicídios em 2023, com a série histórica desde 2010. Críticos afirmam que a representação gráfica exagera a dimensão da redução em 2023 em relação a anos anteriores, especialmente quando comparada à queda expressiva observada de 2018 para 2019. O debate se estende para além dos números, abrangendo a eficácia das políticas de desarmamento e a correlação entre armamento legal e criminalidade. Enquanto o governo busca evidenciar os resultados positivos na segurança pública, vozes críticas questionam a transparência na apresentação dos dados e destacam a complexidade de fatores que influenciam a redução ou aumento da violência no país.
Brasil lidera lista dos 10 países com maior número de homicídios

BRASIL, 09 de dezembro de 2023 – O Brasil lidera a lista dos dez países onde são registradas mais mortes violentas, segundo o Estudo Global sobre Homicídios que a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou nesta sexta (9), em Viena. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) estima que em 2021 foram registrados 458 mil homicídios em todo o mundo. A taxa global foi de 5,8 por 100 mil habitantes, e 81% das vítimas eram homens e meninos. O relatório toma 2021 como ano de referência, mas, como nem todos os estados forneceram dados para esse ano, o ano de origem dos números de homicídios é especificado entre parênteses. Veja a seguir os dez países com maior número de homicídios no mundo: 1) Brasil: 47.722 (2020) 2) Nigéria: 44.200 (2019) 3) Índia: 41.330 4) México: 35.700 5) África do Sul: 24.865 6) Estados Unidos: 22.941 7) Mianmar: 15.299 8) Colômbia: 14.159 9) Rússia: 9.866 10) Paquistão: 9.207