Deputado denuncia ameaça a mais de 1.500 famílias no MA

Deputado Maranhão

SÃO BENEDITO DO RIO PRETO, 09 de abril de 2025 –  O deputado Júlio Mendonça denunciou nesta quarta (9) na Assembleia Legislativa do Maranhão que mais de 1.500 famílias de comunidades tradicionais na região de São Benedito do Rio Preto estão sob ameaça de grileiros. Segundo o parlamentar, há fortes indícios de crimes como grilagem de terras, apropriação indevida e falsificação de documentos cartoriais para expulsar moradores que vivem na área há mais de 50 anos. Durante discurso, Mendonça relatou sua visita às comunidades de Guarumã e Babaçual dos Pretos, onde acompanhou ação do Governo Federal em parceria com a Fundação Palmares para certificar cerca de 60 comunidades tradicionais. “Os moradores de mais de 60 comunidades, em torno de 60 comunidades, que hoje estão sendo ameaçados de expulsão das suas áreas de trabalho e de moradia. Em tempo que chamo atenção para a situação destes maranhenses, mais de 1500 famílias que estão sob pressão de grileiros daquela região, com fortes indícios de crime de grilagem, de apropriação indevida, falsificação de documentos cartoriais para legitimar uma posse que, por direito, são dos moradores que vivem ali há mais de 50 anos”, declarou.

Esquema de grilagem de terras é alvo de operação no Maranhão

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MARANHÃO, 28 de janeiro de 2025 – A Polícia Civil prendeu, nesta segunda (27), três homens suspeitos de envolvimento em um esquema de grilagem de terras no Maranhão e nas mortes de Vaciderlan, conhecido como Valcirzão, e Rodrigo. Os assassinatos ocorreram no dia 9 de janeiro, no bairro Tamarindo, em Barra do Corda. De acordo com as investigações, as vítimas foram assassinadas a tiros dentro de uma caminhonete por se oporem ao esquema criminoso, que envolve associação armada e disputa por terras no Maranhão, mais precisamente na região de Mirador e Fernando Falcão. A Polícia Civil aponta que a quadrilha teria grilado até 20 mil hectares, com um valor de mercado estimado em R$ 40 milhões.

Relatórios expõem milícias a mando de grileiros no Maranhão

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MARANHÃO, 18 de dezembro de 2024 – A morte do sargento João Almir Pereira da Silva, da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), em novembro de 2023, escancarou a suposta atuação de um grupo miliciano que agia a mando de grileiros de terras no interior maranhense, em áreas de conflito fundiário. A Agência Pública teve acesso exclusivo aos autos do processo que investiga o assassinato do sargento e ao inquérito policial militar aberto na época do crime. Os documentos revelam o envolvimento do grupo de policiais que sofreu a emboscada em milícias privadas, que estariam atuando a mando de grileiros de terra na região. Em 10 de novembro de 2023, o grupo de policiais sofreu a emboscada que supostamente teria sido organizada por moradores de um povoado na zona rural da cidade de Barra do Corda, a 460 quilômetros da capital, São Luís, em uma área de disputa por terras. O sargento foi morto na rodovia estadual MA-012, que liga os povoados da zona rural ao centro da cidade de Barra do Corda e é rodeada por matas e grandes propriedades particulares. Na altura do povoado Estevão, o carro – de modelo Hilux – em que os sargento e outros três policiais militares estavam foi atingido por rajadas de tiros. Oito policiais militares e um auxiliar penitenciário que faziam parte do grupo se tornaram réus em um processo que corre no Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (TJMA). De acordo com o Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA), o grupo estaria na região a mando de grileiros de terras, ameaçando moradores. Dois PMs são da reserva remunerada. Eles são: os policiais militares Matheus Oliveira Lima, Marcos Barbosa Sousa de Almeida, Marcondes Gonçalves da Silva Oliveira, Tirso Ramon Carvalho Sturmer, Daniel Viana de Sousa, Themisto Clecio da Conceição Almeida, João Batista Fernandes Lima Filho e Antonio Wanderley Mendes Porto, além do auxiliar penitenciário Jucélio Sinfronio da Silva. Um ofício emitido pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDDH) diz que os policiais, incluindo o sargento assassinado, estiveram no povoado de São Francisco, onde vivem aproximadamente 55 famílias, na manhã do dia em que a emboscada ocorreu, com o intuito de expulsar os moradores da área. “Relatos do [Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares] STTR de Barra do Corda confirmam que os referidos milicianos teriam adentrado o povoado no mesmo dia, no período da manhã, para avisar que retornariam para expulsar quem ainda estivesse por lá”, diz o documento do CEDDH.

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