Lula diz que pediu a FHC a libertação dos sequestradores de Abilio Diniz

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesse semana que procurou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no fim de 1989, para pedir a soltura de dez pessoas envolvidas no sequestro do empresário Abílio Diniz. Segundo o petista, ele também conversou com o então ministro da Justiça à época, Renan Calheiros, para que os sequestradores saíssem da prisão. O caso aconteceu em 11 de dezembro de 1989. Diniz foi sequestrado no Jardim Europa, em São Paulo, e ficou seis dias mantido em um cativeiro no bairro do Jabaquara, na zona sul da capital paulista. Entre os sequestradores, cinco eram chilenos, dois eram canadenses, dois eram argentinos e um era brasileiro. O grupo chegou a ser condenado e as penas variavam de 26 a 28 anos de prisão. Segundo Lula, ele alertou FHC que os sequestradores tinham iniciado uma greve de fome e pediu que o ex-presidente os libertasse para evitar que morressem por causa disso. “Eles iam entrar em greve seca, que é ficar sem comer e sem beber, e aí é morte certa. Aí, eu então fui procurar o ministro da Justiça, Renan Calheiros, que depois de uma longa conversa me disse para falar com o presidente Fernando Henrique Cardoso, porque ele teria toda disposição de mandar soltar o pessoal”, detalhou Lula, em um evento em Maceió. “Eu disse: ‘Fernando, você tem a chance de passar para história como um democrata ou como o presidente que permitiu que dez jovens que cometeram um erro morressem na cadeia, e isso não vai (se) apagar nunca’”, acrescentou o petista. Segundo ele, FHC teria dito que concordava com a libertação dos presos desde que eles parassem com a greve de fome. “E eu fui na cadeia no dia 31 de dezembro conversar com os meninos e falar: ‘Olha, vocês vão ter de dar a palavra para mim, vocês vão ter de garantir pra mim, que vão acabar com a greve de fome agora, e vocês serão soltos. Eles respeitaram a proposta, pararam a greve de fome e foram soltos. E eu não sei onde eles estão agora”, completou Lula.

José Sarney é o ex-presidente que menos gasta “auxílio vitalício”

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Desde a redemocratização, todos os ex-presidentes recebem auxílio vitalício no Brasil. José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer tem direito a uma equipe de até 8 assessores e à cobertura de gastos com passagens, diárias desses funcionários, combustível, seguro e manutenção de 2 veículos. Entre todos eles, o que usa recursos é o maranhense José Sarney. Em 2020 o campeão de gastos foi o ex-presidente Lula, com R$ 790 mil. O segundo lugar em gastos também é ocupado por um petista. Dilma Rousseff custou um pouco menos que Lula, chegando a R$ 781 mil. Em terceiro lugar vem Fernando Collor, com gastos de R$ 729 mil. Seguido por Michel Temer, com R$ 687 mil. O esquerdista tucano Fernando Henrique Cardoso acumulou um gasto de R$ 686. José Sarney foi o ex-presidente que menos custou aos cofres públicos em 2020, chegando a gastos de R$ 591 mil. No acumulado dos últimos quatro anos, Sarney também se mostrou o menos caro dos ex-presidente. O maranhense registrou menos da metade dos gastos da primeira colocada, Dilma Rousseff. Que custou, entre 2017 e 2020 mais de R$ 5.4 milhões aos cofres públicos.

Voto impresso já havia sido sancionado nos governos Lula e FHC

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Antes de ser derrubado após ataques do TSE em 2021, voto impresso já havia sido editado, aprovado e sancionado em governos anteriores. Situação eleva desconfiança sobre motivação do Judiciário na campanha anti-transparência. Em janeiro de 2002 foi aprovada e sancionada a lei 10.408, de autoria do senador Roberto Requião, que estabelecia mecanismo para “impressão do voto, sua conferência visual e depósito automático, sem contato manual, em local previamente lacrado”. Na época o Brasil era governado por Fernando Henrique Cardoso. A lei foi revogada em outubro de 2003 por Lula e sancionou a lei 10.740, de autoria do ex-senador José Sarney. A lei do parlamentar maranhense determinava “o registro digital de cada voto e a identificação da urna em que foi registrado, resguardado o anonimato do eleitor.” A proposta de José Sarney nunca foi cumprida pelo Tribunal Superior Eleitoral. Hoje em dia todos os votos são computados nos mesmos arquivos e o sistema não permite auditoria. Seis anos após revogar a lei e substituí-la pelo dispositivo do senador maranhense, o ex-presidente petista sancionou lei apresentada em conjunto por PT, PP, PSDB, DEM, PDT, PSB e PCdoB. O projeto (lei 12.034) resgatava a ideia do voto impresso a partir de 2014. A proposta foi aprovada no plenário e sancionada por Lula em setembro daquele ano (lei 12.034). Pela segunda vez o voto impresso foi suspenso. Nesta ocasião foi a primeira vez que o STF, em 2011, entrou em cena e acabou com a determinação parlamentar. Quatro anos após a decisão do STF, o Congresso voltou a aprovar o voto impresso. Dessa vez em setembro de 2015, no governo de Dilma Rousseff. Dilma vetou o projeto que foi reestabelecido pelos parlamentares. Em 2018 o STF voltou a ação e, mais uma vez, derrubou o projeto aprovado pelos representantes da população.

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