Advogado petista incita estupro coletivo contra Damares

O advogado José Renato Andrade enviou um áudio a um grupo de whatsapp chamado “De Olho na Administração”, dizendo que “Damares deveria ser estuprada por 15 presidiários durante 24 horas para sossegar o seu fogo”. Andrade incitou o estupro coletivo em outubro de 2019, pois acreditava que a ministra não era digna de receber o titulo de Cidadã Honorária de São Carlos, concedido pelo vereador Moisés Lazarine. Somente no último domingo, dia 26, que a ministra revelou o episódio e que Ministério Público denunciou o advogado: “Conseguem imaginar que no Brasil, em pleno 2020 ainda tem homens que desejam e incitam estupros contra mulheres só por elas pensarem diferentes deles? Fico aqui imaginando o que acontece nos rincões do Brasil com mulheres que não tem acesso a justiça e que são dominadas pelo medo de denunciar. ” E acrescentou: “O tal advogado famoso me aguarde! Não tenho medo de bandido quanto mais de advogado de bandidos.” Ouça o áudio de José Renato Andrade:

Se tudo é feminicídio, então nada é feminicídio

Como mostrou Sócrates em seus diálogos: o grande problema filosófico começa com o profundo problema da conceituação. O jornal Estadão estampou na tela principal de seu site, ontem, a incontestável afirmação de que violência contra a mulher cresceu 167% em São Paulo. Número verdadeiramente assustador que, de antemão, me fez parar para ler a matéria. Mas, antes de dogmatizar a crítica recebida, investiguemos a situação de maneira desapaixonada. Primeiramente, creio que podemos dizer que a violência é ruim, e igualmente danosa, seja ela realizada contra quem for; depois disso, acredito que devemos entender o problema do “feminicídio” tal como a matéria o expõe, antes de queimar suspeitos em montes de galhos secos ou guilhotinar patriarcados em praças públicas.

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