Maranhão fica entre os últimos em rampas para cadeirantes

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BRASIL, 22 de abril de 2025 – Apesar de ser uma estrutura básica para a circulação de pedestres, a calçada sem obstáculos só é uma realidade para um quinto dos moradores de áreas urbanas do Brasil. Ao menos em 2022 essa era a situação para 32,8 milhões de moradores, cerca de 18,8% do total nesses locais, segundo dados do Censo Demográfico divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na definição do instituto, uma calçada precisa ser um espaço disponível para a circulação de ao menos um pedestre, com 80 centímetros de largura, e separado da área destinada à circulação de veículos. Os obstáculos incluem qualquer coisa que impeça ou dificulte o trânsito das pessoas, como árvores, arbustos, galhos, caixas de correio, postes de iluminação, sinalização mal posicionada, buracos, desníveis e entradas de estacionamento irregulares. Com ou sem obstáculos, os moradores servidos de calçada em 2022 eram, segundo o IBGE, 146,4 milhões. Os dados divulgados nesta quinta-feira (17) consideram 174.162.485 moradores —85,75% da população total do Brasil— distribuídos em 63.104.296 domicílios em áreas urbanizadas e locais com concentração de estruturas, edificações, equipamentos urbanos e sistema viário que indicassem superfícies não agropecuárias. A unidade de investigação é a face de quadra, aquela que fica à frente do domicílio, do mesmo lado da rua. Considerando as calçadas sem obstáculos, a menor proporção de moradores atendidos está no Maranhão (4,7%), e a maior, no Rio Grande do Sul (28,7%). Já no recorte de concentrações urbanas —um único município ou arranjos populacionais que tenham mais de 100 mil habitantes, como regiões metropolitanas—, os menores percentuais estão em Bacabal (MA) e Vitória de Santo Antão (PE), ambos com aproximadamente 1%, e Caxias (MA), com 1,8%. As melhores marcas estavam em Barretos (SP), com 62,1%, Apucarana (PR), com 59,6% e Araçatuba (SP), com 56,6%. De acordo com um instituto, o quesito mostra que as regiões Norte e Nordeste reúnem as piores proporções, e Sul e Sudeste, as melhores. Unidade mais populosa da federação, o estado de São Paulo tem um em cada quatro moradores morando em locais com calçadas livres, segundo a definição do Censo. Se observada somente a existência de calçadas, o Distrito Federal lidera com 92,9% de seus moradores de áreas urbanizadas servidos por essas estruturas. Na outra ponta está pouco mais da metade (57,1%) da população do Amapá.

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