Magistrado do MA é acusado de incentivar venda de sentenças

Magistrado esquema

MARANHÃO, 1º de agosto de 2025 – O magistrado Antonio Pacheco Guerreiro Júnior, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), comandou um esquema de venda de sentenças em parceria com outros desembargadores, segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Investigação aponta que ele orientava seu assessor, Lúcio Fernando Penha Ferreira, a negociar propinas com advogados e lavar o dinheiro obtido ilegalmente. O caso faz parte da Operação 18 Minutos, que apura corrupção no Judiciário maranhense. A PGR identificou que o magistrado Guerreiro Júnior atuava em conluio com os desembargadores Nelma Sarney (cunhada do ex-presidente José Sarney), Luiz Gonzaga Almeida Filho e Marcelino Everton Chaves (aposentado). Eles teriam favorecido advogados em troca de vantagens financeiras, principalmente em ações contra o Banco do Nordeste. Juízes de primeira instância, assessores e 13 advogados também são acusados. DIÁLOGOS COMPROMETEDORES A Polícia Federal interceptou mensagens em que Guerreiro Júnior cobrava valores de advogados. Em uma delas, ele escreveu: “Preciso daquele negócio prometido de Luna…”, referindo-se ao advogado Carlos Luna, do escritório Maranhão Advogados. Investigadores afirmam que o desembargador redigia decisões em troca de pagamentos, mesmo durante afastamento temporário pelo CNJ.

Cabo da PM do Maranhão é pago sem licença e sem ir ao quartel

PM afastado

ITAPECURU-MIRIM, 22 de julho de 2025 – Documentos recebidos pelo Blog do Linhares revelam indícios de irregularidades envolvendo o cabo da PM (Polícia Militar) do Maranhão, José Jailson Quaresma, conhecido como JJ, lotado no 28º BPM em Itapecuru-Mirim. Apesar de estar fora da escala de serviço desde janeiro de 2025, o militar recebeu remuneração integral sem afastamento médico válido nem permanência obrigatória no quartel. Segundo os registros, a ata oficial de afastamento foi emitida apenas em 19 de maio. Antes disso, JJ esteve ausente do serviço regular, mesmo sem estar legalmente licenciado. Durante o período, continuou a gerenciar suas empresas e a participar de festas e eventos sociais, sem qualquer impedimento funcional, conforme demonstram publicações em redes sociais. Empreendimentos em nome de familiares A apuração identificou a existência de ao menos quatro empresas ligadas a JJ. Três delas estão registradas em nome da mãe, Maria da Paz Quaresma, e da companheira, Luiza Natália, que é servidora pública do município. Os negócios incluem oficina mecânica, empresas de rastreamento veicular e revenda de veículos, com capital social baixo e movimentação elevada. Uma dessas empresas venceu uma licitação milionária na cidade de Presidente Vargas. A documentação apresentada para o certame exibe dados contraditórios, como divergência entre capital declarado e estrutura física. A proximidade com o batalhão teria facilitado a emissão de declarações técnicas assinadas por superiores, o que levantou suspeitas sobre favorecimento. Patrimônio incompatível com a renda Desde sua nomeação na Polícia Militar, em 2014, JJ acumulou patrimônio incompatível com sua renda. Além de imóveis, o policial ostenta veículos de luxo como uma BMW X6M avaliada em R$ 1,3 milhão, BMW sedã, SW4 e HR-V. Uma das empresas, inclusive, foi alvo de ação judicial após cliente perder uma motocicleta rastreada. JJ foi citado como preposto, mesmo não figurando como sócio oficial. COMANDANTE DO BPM TAMBÉM É CITADO O tenente-coronel e comandante do 28º BPM seria um facilitador das irregularidades. Há relatos de que ele utiliza viaturas descaracterizadas da inteligência para fins pessoais. Na prefeitura de Presidente Vargas estaria prestando serviços de segurança e solicitado construção de guaritas, posteriormente abandonadas por denúncias de milícia feitas pela oposição. Porém, em fotos tiradas em eventos do município, o mesmo estaria prestando serviço terceirizado de seguranças que se passam por policiais nos eventos da cidade. A proximidade entre o comandante e gestores municipais teria garantido espaço para que JJ operasse com margem para irregularidades. Entre os contratos, consta o conserto de uma viatura Ranger em Anajatuba pela oficina do policial, com custo de R$ 40 mil. O veículo permanece quebrado no pátio do batalhão até hoje. Pedido de investigação formal Frente ao material reunido — que inclui vídeos, documentos, imagens e registros oficiais —, um dossiê deve ser protocolado junto ao Ministério Público Estadual e à Corregedoria da PM. Os indícios sugerem enriquecimento ilícito, conluio em licitação, uso indevido de recursos públicos e possível improbidade administrativa. A cidade de Presidente Vargas, palco da licitação milionária, enfrenta precariedade na segurança: apenas um policial por plantão e nenhuma viatura em circulação. Enquanto isso, o policial JJ expande seu patrimônio e mantém rotinas empresariais sem qualquer impedimento legal visível.

Polícia Federal cumpre mandados em SLZ em operação nacional

Polícia Esquema

SÃO LUÍS, 20 de maio de 2025 – A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça (20) duas operações contra organizações criminosas especializadas em fraudes bancárias, crimes cibernéticos e lavagem de dinheiro. As ações da Polícia Federal (PF), realizadas em São Luís (MA) e outros nove municípios de quatro estados, cumpriram 26 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão. As investigações apuram movimentações financeiras ilícitas que superam R$ 200 milhões. A operação Cryptoscam mira um grupo familiar de Ponta Grossa (PR) acusado de furtar criptoativos e cometer fraudes bancárias. Entre os crimes, destacam-se um ataque a 150 contas da Caixa Econômica Federal em 2020, vinculadas a 40 prefeituras.

Deputado repercute esquema contra aposentados no Maranhão

Deputado Esquema

MARANHÃO, 06 de maio de 2025 – O deputado Wellington do Curso usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça (6) para expor o que chamou de “maior roubo da história do Brasil contra idosos”. Em discurso inflamado, revelou detalhes de um esquema de corrupção no INSS que teria desviado inicialmente R$ 6,3 bilhões e que, segundo suas informações, pode chegar a R$ 90 bilhões. “É uma máfia que rouba aposentados com empréstimos consignados que nunca foram contratados”, denunciou. O parlamentar relatou casos concretos encontrados em sua base eleitoral: “Em Viana, acompanhei idosos com dívidas de R$ 14 mil a R$ 16 mil que juraram nunca ter solicitado os empréstimos”. Segundo ele, as vítimas enfrentam dificuldades para cancelar as operações fraudulentas. “Quando tentam resolver, se deparam com uma burocracia que parece feita para proteger os criminosos”, acrescentou.

Lewandowski envolvido no esquema do INSS?

Lewandowski INSS

BRASÍLIA, 29 de abril de 2025 – Logo após a Polícia Federal deflagrar a operação para desmantelar o esquema que desviou bilhões de reais dos aposentados do INSS, um nome ilustre surgiu em meio à papelada: o filho do atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Aparentemente, nem mesmo um dos cargos mais altos da República impede que laços familiares estejam, ainda que “casualmente”, conectados a entidades sob investigação. O escritório do advogado Enrique Lewandowski foi contratado em dezembro de 2024 pelo Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap), entidade agora na mira da PF, quatro meses antes da operação batida pela polícia. O contrato previa a defesa da associação perante órgãos federais, incluindo a Senacon — que, veja só, é subordinada ao Ministério da Justiça do pai do advogado. Segundo nota da assessoria do ministro, o contrato “não teve qualquer relação” com a pasta. Já Enrique Lewandowski afirmou que a atuação era “puramente administrativa” e que “jamais atuou” no Ministério da Justiça. De fato, o contrato também menciona reuniões com o INSS, CGU e até o TCU — todos agora investigando a fraude. O valor do contrato: módicos R$ 200 mil mensais, dos quais R$ 50 mil foram para o escritório de Enrique. Por um ano de trabalho, o total beira R$ 600 mil — uma cifra que talvez não pese tanto no bolso de quem administra acordos que movimentaram R$ 9,9 milhões mensais em menos de um ano. O Cebap, associado ao empresário Maurício Camisotti — suspeito de operar o esquema através de entidades fantasmas — foi autorizado a aplicar descontos de até 2,5% nos benefícios de aposentados a partir de dezembro de 2022. Em pouco tempo, os rendimentos da associação dispararam. E mesmo após auditorias do TCU e da CGU apontarem irregularidades, a entidade seguiu firme… até a operação da PF bater à porta.

Esquema de apostas com ramificação no MA é desmontado

Esquema operação

BRASIL, 09 de abril de 2025 –  A Polícia Civil de Goiás deflagrou nesta quarta (9) a Operação Jogada Marcada, que desmontou uma organização criminosa especializada em esquema de manipular resultados de partidas de futebol. A investigação, que teve início em 2023 após denúncia de um presidente de clube goiano, revelou que o esquema movimentou pelo menos R$ 11 milhões em apostas ilegais e contou com participação de dirigentes esportivos e possivelmente árbitros. De acordo com o delegado Eduardo Gomes, responsável pelo caso, os criminosos atuavam em rede com três perfis distintos: financiadores (que bancavam as fraudes), intermediários (que recrutavam os clubes) e profissionais dos times (que executavam as manipulações). As buscas ocorreram em seis estados, incluindo o Maranhão, com seis prisões efetuadas. “Um presidente de clube do Ceará recebeu R$ 200 mil para adulterar resultados”, exemplificou o delegado.

PF desarticula contrabando de maranhenses para os EUA

PF Esquema

MARANHÃO, 26 de março de 2025 –  A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta (26), a segunda fase da Operação Hancôrnia, visando desmantelar um grupo criminoso transnacional que contrabandeava imigrantes brasileiros, principalmente do Maranhão, para os Estados Unidos. A ação ocorreu em cooperação com a Homeland Security Investigations (HSI), dos EUA. A investigação, fruto de colaboração entre a PF e a HSI, revelou a atuação do grupo no Brasil, México e Estados Unidos. A primeira fase foi realizada em 2022. Os criminosos aliciavam moradores de cidades maranhenses e organizavam a travessia ilegal por rotas na América Central. As vítimas pagavam valores elevados, frequentemente assumindo dívidas com juros abusivos.

MPF estima rombo de R$ 50 milhões em esquema no TJMA

MPF Máfia

MARANHÃO, 7 de março de 2025 – O Ministério Público Federal (MPF) atualizou o cálculo do prejuízo causado por um suposto esquema de corrupção envolvendo juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA). O rombo, que inicialmente era estimado em R$ 17 milhões, agora chega a R$ 50 milhões, segundo novas provas reunidas no inquérito da Operação 18 Minutos. A subprocuradora-geral da República, Luiza Cristina Frischeisen, usou o novo valor como argumento para pedir ao ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reconsiderasse a devolução de bens apreendidos, como celulares, computadores, veículos e joias. Noronha acatou parcialmente o pedido, suspendendo a devolução apenas dos dispositivos eletrônicos ainda não periciados.

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