Tentativa do PT se reerguer no Maranhão fracassou em 2024

PT Maranhão

BRASIL, 23 de outubro de 2024 – O Partido dos Trabalhadores (PT) fracassou em sua tentativa de recuperar terreno no Maranhão nas eleições municipais de 2024. Mesmo com o presidente da República sendo o petista Lula, a legenda não conseguiu reverter a queda que começou em 2020, quando Jair Bolsonaro, do PL, ainda era o presidente do país. Naquele ano, o PT elegeu 76 vereadores e manteve o prefeito de Coroatá, Luís da Amovelar Filho, como seu principal nome no estado. Já em 2024, o número de vereadores caiu para 63, com apenas dois prefeitos eleitos, colocando o PT na 13ª posição entre os partidos que mais elegeram vereadores no estado.

Lula começa a perder apoio entre a classe política no Nordeste

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A pré-candidatura do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva tem sofrido turbulência na região considerada chave para as eleições deste ano. Após o rompimento da aliança histórica com o PP na Bahia, o partido viu a deputada federal Marilia Arraes se desfiliar do PT na janela partidária. Marília é uma forte liderança em Pernambuco. As movimentações indicam que o apoio massivo ao PT nas eleições de 2006, 2010, 2014 e 2018 pode estar perdendo fôlego. No Maranhão, neste mesmo período do ano antes das últimas eleições, fervilhavam declarações de apoio ao ex-presidente entre toda a classe política. Todos os deputados estaduais e todos os deputados federais declaravam abertamente voto no petista. Isso mesmo sendo integrantes de outros partidos. O entusiasmo de outrora com a campanha do petista nãos e vê em 2022. A desconfiança da classe política é motivada pela perda de apoio popular nos últimos anos. Em setembro de 2021, o Nordeste teve ampla participação nas manifestações contra o PT. No Maranhão, especificamente, a capital São Luís abrigou a maior concentração popular de sua história. Também soma-se a isso o crescente aumento de apoio ao presidente Jair Bolsonaro entre a comunidade evangélica. O fato é que a recuperação do presidente Jair Bolsonaro, a fadiga natural da população nordestina em relação ao PT (que na década de 1990 votava em peso no PSDB) e as condenações por corrupção do presidente Lula podem iniciar o fim do ciclo petista na região.

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