Os jornalistas foram os palhaços da CPI

Copia de Imagem Principal PRETA

Como é que pode? Durante seis meses inteiros, dia após dia, sem parar, a população brasileira foi informada que o presente governo federal tinha sido destruído por uma explosão termonuclear e que estava nos últimos frangalhos. Quem ficou dizendo isso? A esquerda em peso, em primeiro lugar — o PT, as classes intelectuais, o padre. A imprensa repetia exatamente a mesma coisa, numa espécie de ataque de nervos permanente; na verdade, ninguém repetiu isso mais do que os jornalistas. Os “analistas políticos” que aparecem nas mesas-redondas do rádio e televisão depois do horário nobre completavam o serviço. Nunca nenhum deles teve a menor dúvida. Adeus, governo — com essa “CPI da Covid”, que montamos aí no Senado para revelar ao Brasil e ao mundo os crimes contra a humanidade praticados pelo presidente Bolsonaro, por seus três filhos e pelo ministro Pazuello, e quem mais passasse pela frente com cara de “negacionista”, vocês morreram. Se era assim, com tanta certeza, então por que não aconteceu absolutamente nada disso e o governo continua hoje no mesmíssimo lugar em que estava quando começou? Muito simples: porque esta foi a maior mentira que já quiseram socar em cima do Brasil nos últimos três anos, maior que os 130 “pedidos de impeachment” apresentados contra o presidente da República até agora com resultado 100% nulo, a “rachadinha” e o resto da palhaçada que passa por atividade de “oposição” no Brasil de hoje. Testemunhas foram humilhadas, insultadas e ameaçadas de “prisão” Mais de três meses depois do seu encerramento, ninguém dá mais um pio sobre “a CPI”. Se era uma coisa tão essencial, por que sumiu desse jeito? Porque, antes de tudo, nunca existiu. Não foi em nenhum momento uma investigação com um mínimo de seriedade; foi uma trapaça integral o tempo inteirinho. A CPI, na verdade, já nasceu morta, porque nunca teve a intenção de apurar coisa nenhuma; quis apenas servir aos interesses pessoais dos seus organizadores e “derrubar” o governo. Foi pretensioso? Muito, tanto que não derrubou nem o porteiro do Palácio do Planalto. Mas foi exatamente o que aconteceu, num país onde a hipocrisia é a regra número um para a ação política e o Senado Federal, para não falar da Câmara dos Deputados, é controlado em larga extensão por gangues de malfeitores agressivos e impunes. Continuou morta durante os 5 meses e 29 dias em que durou — depois dos seus três meses legais de prazo, foi ressuscitada e mantida em vida artificial com aparelhos por mais três. Nem foi enterrada depois de acabar, porque não havia nada para enterrar. Como poderia ter sido diferente? O presidente da comissão estava envolvido até o talo em investigações de corrupção feitas pela Polícia Federal na área da saúde, justamente da saúde, em Manaus; sua mulher e os irmãos chegaram a ir para a cadeia. O relator é o proprietário de um dos prontuários policiais mais extensos de Brasília. Havia mais um, o mais esquisito, que ficava gritando o tempo todo; era, aliás, um dos que deixavam os jornalistas em estado de graça. O público olhava para aquilo e pensava: o que está acontecendo com esse homem? (Os psiquiatras descrevem comportamentos parecidos ao dele como sendo acessos de histeria; vai saber.) É claro que uma comissão operada por pessoas assim vai funcionar como uma usina de processamento de lixo; entra lixo de um lado, sai lixo do outro. A prova mais elementar disso é o resultado concreto da CPI do Senado: após seis meses de atividade, não foi capaz de produzir uma única — nem uma — acusação que pudesse ficar de pé do ponto de vista judicial, nem contra o alvo principal, o presidente Jair Bolsonaro, nem contra ninguém. Só isso, e mais nada, já mostra o tamanho do escândalo: como você passa todo esse tempo fazendo um inquérito público imenso, sem limites de tempo, de meios técnicos ou de despesa, e no fim não apresenta o mais miserável indício contra nenhum dos acusados? O presidente, depois de 1.279 páginas de desvario escrito, foi acusado pela CPI de nada menos do que nove crimes diferentes. Hoje, três meses depois, ainda não foi acusado judicialmente de nada; é como se toda essa baderna nunca tivesse existido. Não foi só ele. Ao todo, pelas contas disponíveis, nada menos do que 78 pessoas foram acusadas de alguma coisa pelos senadores, sempre de forma grosseira, amadora e irresponsável; nenhuma dessas acusações resultou em qualquer processo, penal ou de qualquer outro tipo, em lugar nenhum, nem na comarca mais ordinária deste país. Foram quebrados 250 sigilos; não se descobriu nada que pudesse incriminar alguém. Apresentaram mais de 1.500 requerimentos, aprovaram mais de 1.000. Fizeram quase 400 horas de interrogatório. Tudo isso, somado, resultou em três vezes zero. A certa altura, criaram o crime de “cloroquina”; é lógico que não se conseguiu denunciar nenhum réu na Justiça Os senadores fizeram de tudo no picadeiro do seu circo. Testemunhas foram humilhadas, insultadas e ameaçadas de “prisão”. Advogados das vítimas foram desrespeitados em seus direitos legais — um, aliás, foi alvo de piadinhas ofensivas do senador que interrogava seu cliente. (Quando reclamou, o senador ameaçou chamar a polícia.) Durante o tempo todo, do primeiro ao último dia da CPI, houve uma agressão serial à democracia, às leis e aos direitos individuais das pessoas chamadas a depor. Foram feitas, aos gritos, denúncias de corrupção –— sem jamais se demostrar o pagamento de propina nenhuma, em dinheiro ou em qualquer outra forma. Sequer se concretizou, por sinal, a compra e venda de alguma coisa. Exigiram a presença em Brasília, com a única intenção de ofender e tirar proveito pessoal, de um empresário que não tem absolutamente nada a ver com qualquer questão de saúde, muito menos de vacina e covid. Tudo o que ele faz é ser um seguidor público do presidente Jair Bolsonaro e vestir-se de verde e amarelo. A certa altura, criaram o crime de “cloroquina”; é lógico que não se conseguiu denunciar nenhum réu na Justiça, pois este crime simplesmente não existe

Daniel Blume exige que OAB defenda advogados humilhados na CPI

Daniel Blume OAB

Os atos antidemocráticos praticados por senadores contra advogados no âmbito da CPI da Pandemia chocaram o país. Por conta da situação, o Conselheiro Federal da OAB, Daniel Blume, requereu formalmente ao Presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, medidas imediatas para defender os advogados humilhados durante a CPI da Pandemia. Blume, que representa o Maranhão no conselho, exige que “sejam tomadas providências urgentes no sentido de que, pelo menos, um representante da OAB Nacional participe de todas as sessões da corrente “CPI da Pandemia”, onde colegas advogados, no exercício de nosso múnus, têm sido reiteradamente desrespeitados em suas prerrogativas e honra — fato público e notório explicitado na mídia e nas redes sociais, em detrimento inclusive da imagem de nossa atividade profissional.” Sabe-se que advogados de investigados e de testemunhas tem sido silenciados, constrangidos e até expulsos das sessões.

Médicos saem em defesa de Nise e emitem nota de repúdio

NISE CPI

O grupo Médicos pela Vida saiu em defesa da oncologista Nise Yamaguchi e emitiram nota de repúdio à CPI da Covid-19 divulgado na noite nesta terça-feira (1º). A médica participou de sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia como convidada, mas, não apenas foi interrompida várias vezes, como também foi humilhada pelos parlamentares. Muitos senadores da oposição do presidente da República, Jair Bolsonaro, agiram de forma agressiva durante a interação da oncologista convidada. “Nota de repúdio à CPI da Pandemia Médicos Pela Vida repudiam veementemente a postura de vários Senadores no depoimento prestado pela Dra. Nise Yamaguchi à CPI da Pandemia, no Senado Federal. Apesar da dedicação, da disposição em contribuir com a comissão e enriquecer o debate neste período de busca por soluções e o combate à Covid-19, têm demonstrado, no mínimo, total falta de respeito à Dra. Nise Yamaguchi, à sua trajetória de 40 anos dedicados à saúde e à ciência, em defesa da vida. Uma atuação reconhecida mundialmente e que foi desconsiderada pela CPI. A Dra. Nise Yamaguchi tem sido boicotada o tempo todo na sessão, através de interrupções constantes nas suas respostas, sendo impedida, desta maneira, de pontuar objetivamente as perguntas, explicar detalhadamente as ações e os tratamentos contra a Covid-19. Uma ação aparentemente orquestrada por alguns Senadores, sem precedentes. Maneira bem diferente daquela direcionada a determinados depoentes, tratados como “damas”. Aliás, não é a primeira vez que uma “Mulher Médica” é tratada de forma imprópria nesta CPI. Uma conduta seletivamente negativa, mirando não o bem do país, mas um resultado previamente programado. Mais uma vez, Senadores, totalmente despreparados e com objetivos eminentemente partidários e eleitoreiros, perdem uma grande oportunidade de produzir ao Brasil e aos brasileiros, perspectivas efetivas de políticas públicas para a reversão do quadro da Pandemia no País. A atitude de membros da CPI da Pandemia extrapolou todos os limites, desonra o Poder Legislativo e afronta a classe médica, que tem se dedicado exaustivamente para a reversão do quadro caótico que estamos vivendo no Brasil. Profissionais que se arriscam, estão na linha de frente, que se expõem na luta pelo bem-estar da população e não aceitam posturas inaceitáveis de políticos eleitos para representar e defender o povo brasileiro. A Dra. Nise participa da CPI como convidada, mas foi tratada como testemunha. E está sendo atacada, ao invés de aproveitada, desconsiderando-se a sua brilhante carreira, as contribuições ao país e à ciência, independentemente de qual governo estivesse à frente como ela mesmo relatou. Isso mostra o risco da politização da medicina, que precisa manter os debates das questões médicas em ambiente técnico e jamais suprimir um lado, mesmo que esse contrarie interesses políticos.“

Ministro do STF permite condução coercitiva de Carlos Wizard

IMAGEM BLOG

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, permitiu, nesta sexta-feira (18), a condução coercitiva de Carlos Wizard. A condução coercitiva autorizada por Barroso vem em resposta à uma ação protocolada pela defesa do empresário Wizard, para barrar a convocação para depor à Comissão Parlamentar de Inquérito. Advogados de Wizar afirmaram que, em razão das determinações sanitárias que exigem testes do novo coronavírus antes da viagem, o empresário não conseguiu comparecer na sessão já que estava fora do Brasil. O ministro do STF, em resposta a ação, alegou que as determinações da CPI estão em conformidade com sua decisão que permitiu o silêncio do empresário e em caso de abuso, Carlos Wizard pode acionar o Supremo Tribunal Federal. Além da decisão de Luís Roberto Barroso, foi autorizada a retenção do passaporte do empresário por meio de um magistrado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Campinas. “[…] A condução coercitiva não tinha sido considerada inconstitucional em relação à Lava Jato? Agora, estão dentro de uma CPI, um processo político, uma forma de inquisição política cuja seriedade pode ser questionada a níveis basicamente técnicos […] Não deveria ser assim, e me pergunto: até quando um circo como a CPI da Covid-19, relatado por um tipo como Renan Calheiros, continuará servindo como investigação séria e técnica, a fim de justificar a condução coercitiva de um empresário?”, afirmou Bruno Dornelles. Os questionamentos de Dornelles, advogado e analista político, foram pontuados durante abordagem do assunto no Boletim da Noite exibido na última sexta-feira (18).

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