JULGAMENTO

STF tem maioria contra revista íntima em visitas a presídios

Compartilhe
STF JULGAMENTO
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votam contra a prática de revista íntima em visitantes de presos, defendendo alternativas não vexatórias.

BRASÍLIA, 18 de outubro de 2024 – O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta (18) para proibir a revista íntima em visitantes de presos. O julgamento, suspenso desde maio após o pedido de vista do ministro Cristiano Zanin, foi retomado com o voto favorável de Zanin ao parecer do relator, ministro Edson Fachin.

Além de Fachin e Zanin, os ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Rosa Weber e o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, também votaram contra a revista íntima.

O ministro Alexandre de Moraes fez um pedido de destaque, e o julgamento, que ocorre no plenário virtual, deve se estender até 25 de outubro.

O julgamento definirá que, após o encerramento, as revistas íntimas em visitantes de detentos serão proibidas. No entanto, quatro ministros admitiram a possibilidade de busca pessoal em casos excepcionais, desde que não vexatória e com autorização do visitante.

Também foi destacado que autoridades poderão ser responsabilizadas por irregularidades.

Em seu voto, Zanin sugeriu que a busca pessoal continue até que sejam instalados equipamentos eletrônicos nas unidades prisionais, com um prazo de 24 meses para a adaptação. Ele defendeu a busca não vexatória como solução temporária até a implementação dos novos procedimentos.

CASO EM ANÁLISE DESDE 2020

O processo chegou ao STF em 2020, por recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) contra decisão do Tribunal de Justiça local (TJ-RS).

O caso envolveu uma mulher que tentou entrar no Presídio Central de Porto Alegre com 96 gramas de maconha escondidas em seu corpo. O TJ-RS absolveu a mulher, alegando nulidade no processo e considerando o crime impossível devido à revista rigorosa.

VOTO DO RELATOR NO STF

O ministro Edson Fachin, relator do caso, destacou que a revista íntima é uma prática vexatória e inadmissível em visitas a presídios.

Ele defendeu que as revistas pessoais só ocorram após a passagem dos visitantes por sistemas eletrônicos, com base em suspeitas justificadas por elementos concretos.

Compartilhe

Leia mais

INTERVENÇÃO

MP recomenda suspensão de concurso público em Pedreiras

INTERVENÇÃO

MP recomenda suspensão de concurso público em Pedreiras

RESGATE

Seis corpos encontrados após queda de ponte entre MA e TO

RESGATE

Seis corpos encontrados após queda de ponte entre MA e TO

CAOS TOTAL

Câmara de São Luís não paga 13º de parte dos funcionários

CAOS TOTAL

Câmara de São Luís não paga 13º de parte dos funcionários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Propaganda

SEMINARIO DE FILOSOFIA

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.