SÃO LUÍS, 11 de agosto de 2023 – Após 24 horas da Operação Véu de Maquiavel, liderada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, que atingiu vereadores da capital maranhense, a maioria dos envolvidos, incluindo ex-vereadores, optou pelo silêncio nas redes sociais.
Dos vereadores atuais de São Luís que são alvos da investigação, como Aldir Júnior (PL), Chaguinhas (Podemos), Edson Gaguinho (União), apenas Chaguinhas decidiu se posicionar por meio de nota. Os demais preferiram não dar explicações em suas redes sociais e o parlamentar Umbelino Júnior (PSDB) disse que se posicionaria no momento adequado.
Chaguinhas afirmou que não tem “nada a esconder” e se mostrou disposto a “cooperar integralmente com as autoridades”. Em contrapartida, o ex-vereador Ivaldo Rodrigues (PDT) também escolheu não se manifestar nas redes sociais. Sua última postagem foi um agradecimento por ter sido convidado a assumir as relações institucionais da Câmara de São Luís. O ex-vereador Silvino Abreu também manteve o silêncio.
Meus amigos, quem me conhece sabe que mantenho um mandato democrático e transparente, por isso, me coloquei à disposição para colaborar com todo processo investigativo. Acredito na justiça e tudo logo será esclarecido. Seguiremos atuando com zelo e responsabilidade.
— Umbelino Junior (@umbelinojunior1) August 11, 2023
Segundo o Ministério Público, estima-se que cerca de R$ 6 milhões em emendas parlamentares tenham sido desviados pelos vereadores. As investigações estão relacionadas ao mandato de 2017 a 2020 e foram iniciadas em 2020.
Na época, as secretarias de Segurança Alimentar e Cultura da Prefeitura de São Luís teriam sido utilizadas para executar valores provenientes de emendas parlamentares, por meio de convênios com empresas sem fins lucrativos, porém os fundos desapareciam e não eram aplicados.
O GAECO, inclusive, havia solicitado o afastamento dos quatro vereadores ainda no cargo, mas tal pedido foi negado pela Justiça.
