BRASÍLIA, 20 de fevereiro de 2024 – Nesta terça (20), servidores do Banco Central do Brasil anunciaram uma greve de 48 horas em resposta à contraproposta do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), que não atende às reivindicações salariais e de carreira da categoria.
O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) considerou insatisfatória a oferta do MGI, que propõe um reajuste salarial de 13% parcelado entre 2025 e 2026.
As principais reivindicações, como a exigência de nível superior para o cargo de Técnico, mudança da nomenclatura do cargo de Analista para Auditor e a criação de uma Retribuição por Produtividade Institucional, não foram contempladas.
A greve, segundo o Sinal, busca criar uma asfixia operacional e burocrática no Banco Central. A participação no movimento inclui 60 adjuntos e consultores, e chefes de departamento emitiram uma carta de cobrança à Diretoria Colegiada da autarquia.
A insatisfação resultou em mais de 500 renúncias de cargos de comissão. Fábio Faiad, Presidente Nacional do Sinal, destaca que a greve tem potencial para impactar significativamente o funcionamento do Banco Central.
Uma nova reunião entre o sindicato e o MGI está marcada para amanhã (21). Caso não haja avanço nas negociações, o Sinal considera a possibilidade de deflagrar uma greve por tempo indeterminado.
A disputa entre os servidores e o governo persiste desde o ano passado, afetando a divulgação de diversos indicadores do banco, como as notas econômico-financeiras e a taxa de câmbio Ptax.
A categoria já opera em padrão desde julho de 2023, ocasionando atrasos na divulgação de indicadores econômicos. Protestos anteriores e paralisações de 24 horas foram realizados em dezembro de 2023 e janeiro de 2024.
O Banco Central ainda não se pronunciou sobre o recente movimento grevista.