EXECUÇÃO PENAL

Senado reduz penas para condenados por atos do 8 de janeiro

Compartilhe
Senador dosimetria
Projeto aprovado altera Lei de Execução Penal. Pelo Maranhão, senadora Ana Paula Lobato votou contra. Eliziane Gama e Weverton Rocha não compareceram à sessão.

BRASÍLIA, 18 de dezembro de 2025 – O Senado Federal aprovou nesta quarta (17) o projeto que reduz penas de condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A votação no Plenário registrou 48 votos a favor, 25 contra e uma abstenção, enviando a matéria para sanção presidencial.

O chamado PL da Dosimetria foi relatado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) e origina-se de proposta do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RS).

Pelo Maranhão, a senadora Ana Paula Lobato (PSB) votou, posicionando-se contra a redução de penas. Eliziane Gama (PSD) e Weverton Rocha (PDT) não compareceram à sessão. Em suas redes sociais,

Na prática, a nova regra altera a Lei de Execução Penal e aplica-se a processos já julgados ou pendentes. Dessa forma, um condenado como o ex-presidente Jair Bolsonaro poderia ter sua pena de 27 anos reduzida.

Inscreva-se e não perca as notícias

Conforme o relator original na Câmara, a pena em regime fechado de Bolsonaro cairia de sete para pouco mais de dois anos, embora haja divergências sobre o cálculo exato.

O projeto também cria um redutor específico para crimes cometidos em contexto de multidão. Por isso, quem não liderou ou financiou os atos do 8 de janeiro poderá ter a pena diminuída entre um terço e dois terços.

Além disso, a mudança reduz o tempo necessário para progressão de regime para todos os condenados, beneficiando primários e reincidentes.

O PL da Dosimetria foi alvo de intenso debate no Plenário e na Comissão de Constituição e Justiça. Um ponto polêmico era o benefício a condenados por outros crimes violentos.

Entretanto, o relator acatou uma emenda do senador Sergio Moro (União-PR) para limitar a redução de penas aos envolvidos nos atos golpistas. Apesar de protestos, a emenda foi considerada de redação, evitando o retorno do texto à Câmara.

O relator Esperidião Amin defendeu que o projeto corrige distorções e é um primeiro passo para uma futura anistia. Ele afirmou que a narrativa de uma “blindagem ampla” não é verdadeira e que houve consenso sobre o excesso de rigor nas condenações.

Por fim, a matéria seguiu para a decisão final do Presidente da República.

Compartilhe
0 0 votos
Classificação da notícias
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.

0
Adoraria saber sua opinião, comente.x