
O texto-base do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 7/2021, oriundo da Medida Provisória (MP) 1.031/2021, que autoriza a privatização da Eletrobras,após alterações, foi aprovado no Senado por 42 votos a 37.
O modelo de privatização pressupõe a emissão de novas ações a serem vendidas no mercado sem que a empresa participe, ocasionando na privação do controle acionário de voto mantido atualmente pelo Governo Federal. A estimativa é de que a União deve diminuir sua fatia nas ações com direito a voto de 61% para 45%. O aumento do capital social da maior empresa de energia elétrica da América Latina será por meio da oferta pública de ações.
O Governo Federal, apesar de perder o controle, terá uma ação golden share (classe especial) que lhe assegura poder de veto em decisões de assembleia de acionistas visando evitar que algum deles ou grupo de vários detenha mais de 10% do capital votante da empresa. Segundo avaliação do governo, a privatização da Eletrobras pode diminuir a conta de luz em até 7,36%, enquanto que a conta pode ficar mais para para os consumidores conforme algumas entidades do setor elétrico.
Segundo projeções anunciadas por integrantes do governo, a oferta de ações da empresa deve arrecadar cerca de R$ 25 bilhões para que a Eletrobras pague esse montante ao Tesouro em outorgas por renovações contratuais de hidrelétricas. Após a operação, a expectativa é de que a Eletrobras ainda tenha de encaminhar outros R$ 25 bilhões para aliviar tarifas nos próximos anos, visto que a elétrica terá contratos renovados das hidrelétricas em condições mais vantajosas.
A proposta foi enviada pelo governo em 23 de fevereiro e acredita na área econômica para ampliar investimentos da Eletrobras, que atua no setor de geração e transmissão de energia elétrica.