SÃO LUÍS, 11 de dezembro de 2024 – O deputado estadual Rodrigo Lago (PCdoB), integrante do bloco de oposição ao governador Carlos Brandão (PSB), admitiu que seu pai, o ex-deputado Aderson Lago, ocupa um cargo comissionado na Casa Civil, pasta chefiada por Sebastião Madeira.
A informação foi confirmada pelo parlamentar em resposta ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Lago detalhou que a nomeação de seu pai ocorreu antes de sua candidatura ao cargo de deputado estadual.
“Atualmente, existe parente meu, até o terceiro grau, nomeado em cargo em comissão ou função de confiança no Poder Executivo, porém a nomeação ocorreu em momento anterior ao próprio registro de minha candidatura, quando eu não ocupava cargo público”, afirmou.
A declaração foi enviada no contexto da decisão do ministro Moraes, que determinou a exoneração de três diretores da Assembleia Legislativa do Maranhão, apontados como casos de nepotismo cruzado em Reclamação apresentada pelo partido Solidariedade.
INVESTIGAÇÕES
Além de Lago, o STF solicitou informações de outros parlamentares sobre vínculos semelhantes no Governo do Estado. Entre os citados estão Yglésio Moyses (PRTB), Mical Damasceno (PSD), Rildo Amaral (PP), Fabiana Vilar, Aluizio Santos, Rosângela Vidal e Vinicius Louro (todos do PL).
Casos adicionais envolvendo familiares de deputados em cargos no Executivo também foram listados.
Entre eles estão Francisco Nagib (cônjuge em subsecretaria), Ricardo Rios (parente na SEDUC), Ana do Gás (parente na Saúde), Leandro Bello (familiares na Vice-Governadoria e EMSERH) e Abigail Cunha (familiares em cargos jurídicos e administrativos).
A decisão de Moraes não determinou exonerações nos casos mencionados, exceto nos relacionados à Assembleia Legislativa.
As investigações sobre nepotismo cruzado permanecem em andamento.