Nesta quinta-feira (27), durante participação em evento realizado pela Coalizão Indústria, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a reindustrialização do Brasil é um dos objetivos do governo federal.
Para o titular da pasta econômica, o ritmo da abertura da economia precisa respeitar o “patrimônio” do parque industrial do país, ressaltando que assitiu com muito pesar a diminuição da participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) nacional nas últimas décadas.
“A forma de uma indústria ficar viva era conseguir uma proteção em Brasília e dividir com seus sindicatos o butim contra a sociedade brasileira. Enquanto havia uma exploração do consumidor, a indústria foi esmagada de 35% para 11% do PIB, quando ainda poderíamos ter de 20% a 25% do PIB”, declarou.
Paulo Guedes defendeu a vacinação em massa do povo brasileiro para o retorno seguro aos postos de trabalhos e que a abertura comercial do país vai ocorrer gradualmente, mediante a aprovação de medidas de competitividade antes de uma abertura completa, destacando a importância de rever os impostos sobre o setor produtivo e que o futuro da economia decorre dos serviços digitais.
“Somos liberais, mas não somos trouxas […] O Brasil está em guerra contra o vírus, não podemos nos enganar sobre isso […] Nós não vamos derrubar a indústria brasileira em nome da abertura comercial […] A agroindústria brilha no mundo também porque setor tem ‘ausência de tributação’”, afirmou o ministro ao elencar as ações da União durante a pandemia do novo coronavírus.
A participação de Paulo Guedes no evento promovido pela Coalizão Indústria foi transmitida por meio da plataforma Zoom. Na oportunidade, o ministro da Economia defendeu a implementação de um polo de serviços digitais no meio da Amazônia brasileira com o objetivo de atrair grandes bigtechs estrangeiras, parecido com o Vale do Silício nos Estados Unidos.
“É preciso isenção tributária de 20 anos a companhias externas e brasileiras com sede na Amazônia. Manaus tem que ser capital mundial da economia verde. O futuro é verde e digital, temos que redesenhar modelo na Amazônia”, completou