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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), sofreu uma derrota na indicação da presidência da Secretaria Nacional do Consumidor (SENACON). A intenção do ex-governador era indicar para a esposa do deputado federal Duarte Jr (PSB), a advogada Karen Barros. A indicação foi vetada pelo PT e Dino teve que engolir a condução de Wadih Damous para o cargo.
Ocorre que a SENACON é u órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública comandado por Dino. O maranhense acreditava no começo da gestão que teria o poder absoluto sobre a pasta. Daí a razão da indicação de Karen Barros para o cargo.
Ainda em dezembro, antes da posse, aliados de Dino e Duarte Jr davam a nomeação como certa. Contudo, a indicação foi barrada pelo PT.
O indeferimento da nomeação da esposa de Duarte Jr foi uma de emparedar Flávio Dino ainda no começo da gestão. As nomeações no início do mandato deram a entender que o ex-governador do maranhão pretendia fazer do ministério uma filial tardia de sua gestão no estado, o que desagradou vários petistas.
Antes da indicação da mulher de Duarte Jr, Dino já havia conduzido outros ex-membros do seu governo para a esfera federal.
Considerado um político problemático por conta das declarações bisonhas, Wadih Damous é respeitado no PT que não queria locá-lo em lugar de destaque na Esplanada dos Ministérios, mas que não chamasse muito a atenção. Daí a ida para a SENACON.
Wadih já chegou a defender o fechamento do STF e militou contra o uso de crucifixos em órgãos públicos.
O descarte de Karen Barros, além de evidenciar os limites da influência de Dino no governo, também revela o desprestígio do deputado federal Duarte Jr no governo Lula.