SANGUE NA VAQUEJADA

Prefeito João Vitor está preso em cela privativa após crime

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Prefeito Igarapé
João Vitor Xavier, prefeito de Igarapé Grande, permanece preso após confessar o homicídio do policial Geidson Thiago durante vaquejada em Trizidela do Vale.

SÃO LUÍS, 21 de julho de 2025 – O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), foi preso preventivamente em cela individual após confessar o assassinato do policial militar Geidson Thiago da Silva, ocorrido em 6 de julho, em Trizidela do Vale (MA).

Ele se apresentou à Polícia Civil em São Luís no dia 15 de julho e foi encaminhado a uma unidade prisional após audiência de custódia.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o prefeito está em cela com cama e banheiro. A Justiça determinou a prisão para garantir a ordem pública e permitir a apreensão da arma usada no crime, ainda não localizada. João Vitor responde à investigação, mas ainda não foi indiciado formalmente.

Testemunhas afirmaram que o crime ocorreu durante uma vaquejada, após o policial, conhecido como ‘Dos Santos’, pedir que o prefeito reduzisse o farol do carro. Houve discussão e, segundo relatos, João Vitor atirou nas costas do policial, que estava de folga.

A vítima foi socorrida e levada a um hospital em Pedreiras, sendo transferida depois para outra unidade, mas não resistiu. Geidson era lotado no 19º Batalhão da PM e foi sepultado em 8 de julho. O prefeito, inicialmente, se apresentou à delegacia de Presidente Dutra, prestou depoimento e foi liberado por ausência de flagrante.

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LICENÇA REMUNERADA E AFASTAMENTO

Antes de ser preso, João Vitor solicitou licença médica de 125 dias, alegando abalo emocional e necessidade de tratamento psiquiátrico. Mesmo afastado, continua recebendo salário líquido de R$ 13.256,08. A Câmara Municipal de Igarapé Grande aprovou o pedido e empossou a vice-prefeita Maria Etelvina.

A defesa do prefeito sustenta que ele agiu em legítima defesa, alegando que o policial sacou uma arma durante a discussão. Contudo, a Polícia Civil e testemunhas contestam essa versão. O delegado Diego Maciel, de Pedreiras, informou que os tiros foram disparados pelas costas.

ARMAMENTO IRREGULAR E IMAGENS DA CENA

João Vitor afirmou à polícia que jogou a arma no local do crime, mas o objeto ainda não foi encontrado. Segundo ele, o revólver calibre .38 teria sido um presente de eleitor, adquirido dois anos antes, sem registro ou autorização legal para posse.

Câmeras de segurança próximas registraram imagens do prefeito caminhando até um carro preto, pegando um objeto e depois se dirigindo ao local da aglomeração. Em seguida, ele retorna correndo ao veículo e deixa o local.

A polícia confirmou que as imagens não mostram o descarte da arma e ainda passarão por perícia.

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