BARÃO DE GRAJAÚ, 05 de dezembro de 2024 – A prefeita de Barão de Grajaú, Claudimê Lima (PSD), foi afastada do cargo por decisão do juiz David Mourão Guimarães de Morais Meneses.
A medida atende a uma ação do Ministério Público do Maranhão (MPMA), que acusou a gestora de descumprir ordens judiciais e omitir dados solicitados pela equipe de transição do novo prefeito eleito, Gleydson Resende (União).
Segundo o MPMA, Claudimê também é alvo de ações no Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) pelo mesmo motivo.
A Promotoria argumentou que a prefeita não apenas deixou de cumprir a decisão judicial, mas tentou enganar a Justiça ao apresentar documentos com datas anteriores à decisão liminar que a obrigava a fornecer as informações solicitadas.
DESCUMPRIMENTO E CONSEQUÊNCIAS
O juiz destacou que a gestora tergiversou diante da determinação judicial e que os documentos apresentados em sua defesa não correspondiam ao período posterior à decisão judicial.
Como exemplo, ele citou os ofícios nº 114/2024, datado de 18 de novembro, e nº 60/2024, de 14 de novembro, ambos anteriores à decisão que ordenava o cumprimento das obrigações.
O magistrado concluiu que medidas como multa diária ou bloqueio de contas seriam insuficientes para garantir a colaboração necessária. Por isso, determinou o afastamento da prefeita como forma de assegurar a transição de governo.
CONTEXTO E REPERCUSSÃO
Claudimê Lima é a segunda prefeita maranhense afastada recentemente. Antes dela, Luciana Trinta (PCdoB), de Araioses, teve seu afastamento restabelecido pelo presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador Froz Sobrinho.