Na sessão da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) ocorrida na última terça (29), o deputado federal Nikolas Ferreira foi chamado de ‘chupetinha’. Imediatamento, o parlamentar se incomodou com a situação.
“Se eu faço isso aqui com qualquer deputado, me colocam no Conselho de Ética. Então todo mundo aqui é adulto para ver que isso aqui aconteceu. Então presidente, por gentileza, que o senhor tome alguma decisão contra isso aqui, porque se fosse o contrário estaria todo mundo ovulando já”, afirmou.
No ano passado, o deputado federal foi envolvido em uma fake news quando usuários do Twitter propagaram a falsa informação sobre a existência de um vídeo íntimo, no qual o parlamentar aparece em cenas de sexo com outro homem.
O vídeo em questão se tratava de uma cena de um filme adulto, no qual foi usado um print de um ângulo em que o ator pornô norte-americano conhecido como Joey Mills se assemelha a Nikolas para que a história ganhasse repercussão.
Ao ser apelidado na CCJ nesta terça (28), o assunto viralizou nas redes sociais. Ao fim do dia, Nikolas escreveu em sua conta no Twitter que o apelido ‘chupetinha’ carrega um significado homofóbico.
A tara da esquerda é acusar hétero de ser gay. Usam a homossexualidade como ofensa. E ainda recebe aplausos do @felipeneto e cia. Só pra registrar mesmo.
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) March 28, 2023
Repercute também que o apelido surgiu através de Felipe Neto, onde o influencer chamava o deputado federal de “chupetinha de milícia”.
Nesta quarta (29), Nikolas falou sobre o acontecimento no Programa Pânico. Nikolas disse que quem o chamou foi o deputado André Janones. “Alinharam para a fala do Rui Falcão ficar parecida com a fala que foi dita fora do seu microfone. Eu assustei, achei que o presidente tinha falado isso. Fiquei sem reação. Coloquei em câmera lenta e vi que não tinha sido o deputado Rui Falcão, mas sim André Janones”, esclareceu.
“Quando trato a respeito dos temas relacionados a LGBT, sempre faço uma diferenciação muito clara. O homossexual é diferente do ativista LGBT. Quando é para utilizar a homossexualidade como ofensa, eles utilizam até mesmo para uma pessoa hétero. O que o deputado André Janones está fazendo é usar a homossexualidade como ofensa para um hétero. Daqui a pouco, vem os mesmos falar que o Brasil é o país que mais mata trans e gays, sendo que eles mesmos respaldam discursos extremistas e desequilibrados, como André Janones”,
É possível concluir, portanto, que chamar o deputado de “chupetinha”, além de usar uma falsa homossexualidade para tentar atingi-lo, é como se fosse algo que ele devesse se envergonhar ou, no mínimo, o colocasse em uma posição inferior simplesmente por ser hétero.
“Se eu não tivesse uma rede social que alcança milhões de pessoas, talvez eu não conseguiria me defender. Eu sou uma pessoa que tem defesa, mas e as outras pessoas? A injustiça vai correndo solta, a gente está vendo uma perseguição absurda em relação a isso. Na minha fala de 8 de março eu não proferi nenhuma palavra ofensiva com a comunidade LGBT”, concluiu.