BRASÍLIA, 27 de dezembro de 2024 – A empresa Matera Engenharia, responsável pela manutenção da ponte Juscelino Kubitschek, que desabou na divisa entre o Maranhão e Tocantins, recebeu R$ 3,6 milhões do governo federal entre 2021 e 2024. O valor, então, foi repassado para a realização de reparos na estrutura. Além disso, a empresa foi alvo de sanção do DNIT em novembro de 2024, ficando impedida de firmar contratos com a União até janeiro de 2025.
A sanção, baseada na “Lei do Pregão”, foi aplicada devido a irregularidades em um contrato de R$ 4,4 milhões para manutenção de rodovias no Tocantins, incluindo a BR-226, onde fica a ponte. Portanto, o Ministério dos Transportes esclareceu que o contrato de R$ 3,6 milhões era específico para a ponte.
VALORES PAGOS E INVESTIGAÇÕES
Os R$ 3,6 milhões foram destinados a serviços como limpeza, substituição de juntas de dilatação e recomposição de erosão. Além disso, o contrato estava no âmbito do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas (Proarte). A Matera Engenharia, então, já recebeu R$ 140 milhões do governo federal, de um total de R$ 276 milhões em contratos.
A empresa também recebeu R$ 1,3 milhão em emendas parlamentares, incluindo do orçamento secreto. Portanto, esse tipo de repasse está sob investigação do STF e da PF. O ministro Flávio Dino, então, bloqueou R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.
TRAGÉDIA E RECONSTRUÇÃO DA PONTE
O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, que liga Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), causou a morte de oito pessoas, e nove seguem desaparecidas. Os bombeiros, então, encontraram as vítimas e quatro veículos a 35 metros de profundidade no Rio Tocantins.
Por fim, o ministro Renan Filho anunciou a destinação de até R$ 150 milhões para a reconstrução da ponte. A obra, então, deve ser concluída em 2025, segundo o Ministério dos Transportes.