TIMON, 19 de dezembro de 2024 – A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou na manhã desta quinta (19), a Operação “Dolo Malo”, com foco em combater fraudes em uma licitação promovida pela Prefeitura de Timon.
A licitação resultou em um contrato de R$ 9,1 milhões, financiado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nos estados do Maranhão e Piauí.
A investigação conduzida pela Delegacia de Polícia Federal em Caxias apontou que o grupo criminoso, formado por empresários, servidores públicos e seus familiares, direcionou o processo licitatório para favorecer uma empresa específica.
Após a assinatura do contrato para obras de saneamento básico em Timon, os valores contratados foram desviados por meio de propinas pagas a servidores municipais. Os pagamentos eram realizados através de depósitos em contas de empresas de fachada e de familiares dos envolvidos.
Entre abril de 2022 e agosto de 2024, o grupo movimentou cerca de R$ 12 milhões de forma suspeita, utilizando transferências entre pessoas físicas e jurídicas. O destino final dos recursos eram ocupantes de cargos de gestão na prefeitura.
APREENSÕES E CRIMES INVESTIGADOS
A operação mobilizou 40 policiais federais dos estados do Maranhão e Piauí, além de servidores da CGU. Durante a ação, sete veículos foram apreendidos, e R$ 93,7 mil em espécie foram confiscados.
Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, peculato, corrupção ativa e passiva e fraude em licitação. As penas podem chegar a 47 anos de prisão.
SIGNIFICADO DO NOME DA OPERAÇÃO
O nome “Dolo Malo” faz referência ao termo em latim que significa má intenção ou malandragem, ilustrando a intenção do grupo em fraudar o processo licitatório e obter ganhos ilícitos à custa do erário público.