
BRASIL, 02 de setembro de 2025 – A economia brasileira registrou um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 3,2 trilhões no segundo trimestre de 2025, alcançando seu maior patamar desde o início da série histórica em 1996.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados nesta terça (2), mostrando um crescimento de 0,4% em relação aos três meses anteriores. Na comparação com igual período de 2024, a alta foi de 2,2%.
Além disso, o resultado positivo representa a 16ª alta consecutiva do indicador, um movimento de expansão que começou no terceiro trimestre de 2021. O setor de serviços, com avanço de 0,6%, e a indústria, que cresceu 0,5%, lideraram o desempenho positivo da produção. Por outro lado, a agropecuária recuou 0,1%.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias subiu 0,5%, atingindo nível recorde e compensando a queda de 0,6% nos gastos do governo. Os investimentos, no entanto, recuaram 2,2% no período. No acumulado do primeiro semestre, a economia brasileira cresceu 2,5%. Em quatro trimestres, a expansão chega a 3,2%.
Apesar do recorde, o ritmo de crescimento desacelerou em relação ao primeiro trimestre de 2025, quando o PIB avançou 1,3%. Essa desaceleração era esperada pelos especialistas, devido aos efeitos da política monetária restritiva do Banco Central, com juros básicos em alta.
Desde setembro de 2024, a taxa Selic vem sendo elevada gradualmente, saindo de 10,5% ao ano e atingindo o patamar atual de 15%, o maior desde julho de 2006.
O objetivo da autoridade monetária é conter a inflação, que permanece acima do teto da meta de 4,5%. O impacto completo dos juros altos sobre os preços leva, em geral, de seis a nove meses para se materializar.
O setor de serviços, menos sensível aos juros, foi crucial para sustentar o crescimento. Atividades financeiras, seguros, tecnologia, informação, comunicação, transporte e logística foram os principais impulsionadores.
Na comparação anual, o crescimento de 2,2% foi puxado pela agropecuária, que registrou alta expressiva de 10,1%.







