BRASÍLIA, 26 de abril de 2024 – O ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União Brasil), foi intimado pela Polícia Federal (PF) a prestar depoimento na próxima semana, na sede da corporação em Brasília, no âmbito do inquérito que apura o uso irregular de emendas do Orçamento para obras no Maranhão.
As suspeitas de corrupção são de 2022, quando Juscelino era deputado federal pelo Estado.
Segundo o UOL, outros investigados também foram intimados para prestar esclarecimentos, mas o ministro ainda não teria confirmado sua presença no depoimento.
Esses depoimentos marcarão o encerramento das diligências no inquérito. Posteriormente, a PF deverá concluir a investigação e enviar o relatório final ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em setembro do ano passado, a PF realizou uma operação para aprofundar as investigações do caso, resultando no bloqueio dos bens de Juscelino no valor de R$ 835 mil.
A autorização foi concedida pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso.
Entenda o caso
De acordo com o Portal da Transparência, Juscelino, à época deputado federal, destinou R$ 7,5 milhões para obras de pavimentação em Vitorino Freire, no Maranhão, onde sua irmã, Luanna Rezende (União Brasil-MA), é prefeita reeleita.
Desse valor, R$ 5 milhões seriam para a melhoria de 19 km de estrada que circunda pelo menos oito fazendas de sua família.
A obra foi realizada pela empresa Construservice, de propriedade de Eduardo José Barros Costa, conhecido como “Eduardo Imperador”, amigo de Juscelino.
“Eduardo Imperador” foi preso sob acusação de pagar propina a funcionários federais para obter os contratos das obras em Vitorino Freire.
O engenheiro Julimar Alves da Silva Filho, da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), responsável por autorizar o orçamento para a pavimentação, é suspeito de ter recebido R$ 250 mil de propina e está afastado de suas funções.