MARANHÃO, 09 de novembro de 2023 – A Polícia Federal identificou possíveis evidências de uma parceria criminosa entre o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), e o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP, em relação a contratos da Codevasf.
As suspeitas surgiram a partir de conversas obtidas no celular de Eduardo DP, conforme relatado em um documento enviado ao STF.
O empresário é apontado como o verdadeiro proprietário da Construservice, uma construtora envolvida em contratos substanciais com a Codevasf, que teriam sido financiados por emendas parlamentares. No entanto, Eduardo DP não é listado como sócio nos registros oficiais da empresa.
As investigações da PF em torno da atuação da Construservice nos contratos da Codevasf foram impulsionadas após reportagens da Folha de S.Paulo revelarem práticas duvidosas da empreiteira.
A assessoria de Juscelino Filho negou qualquer ilegalidade nas obras e alegou que as emendas visavam atender às demandas da população, repudiando quaisquer acusações de benefícios pessoais.
Os investigadores, no entanto, argumentam que as mensagens analisadas no inquérito reforçam as suspeitas de envolvimento ilícito de Juscelino Filho e revelam a natureza criminosa da parceria entre ele e Eduardo DP.
De acordo com relatórios da PF, o grupo do ministro teria desviado ou utilizado indevidamente mais de R$ 835,8 mil.
O caso continua a se desenrolar, com a polícia obtendo mensagens relevantes do celular de Eduardo DP e, posteriormente, avançando em investigações que atingiram a irmã do ministro, Luanna Rezende, em uma operação recente relacionada a contratos da Construservice.
Embora buscas em endereços de Juscelino Filho tenham sido solicitadas, o ministro Barroso do STF as negou.