
BAHIA, 06 de junho de 2025 – O governo da Bahia nomeou Sátiro Sousa Cerqueira Júnior – ex-detento condenado por tentativa de homicídio qualificado – para comandar o Presídio de Salvador, a mesma unidade onde ele já cumpriu pena.
A escolha, que dispensou formalidades como “não ter histórico criminal violento”, foi defendida pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) como um “erro de processo”, corrigido após a revelação pública do caso.
Enquanto o estado enfrenta rebeliões e fugas em série no sistema prisional, a nomeação parece seguir uma lógica peculiar: quem melhor para entender os desafios de um presídio do que alguém que vivenciou o sistema por dentro?
O governador garantiu que “sempre aplicamos filtros”, embora o principal critério – não ser um criminoso condenado – tenha sido convenientemente ignorado. A demissão só ocorreu após a exposição na mídia, levantando questões sobre quais outros “detalhes” podem ter escapado aos tais “filtros”.
O episódio coincide com a chegada da Força Penal Nacional a Eunápolis, onde um terceirizado foi baleado em uma emboscada supostamente ordenada por Ednaldo “Dada”, líder faccional que já coordenou a fuga de 16 detentos.
Curiosamente, a gestão baiana agora demonstra urgência em reforçar a segurança.
Esse é o verdadeiro sentido da expressão TER LUGAR DE FALA.