SÃO LUÍS, 19 de setembro de 2024 – O controverso Instituto Veritá divulgou, nesta quarta (18), dados de uma pesquisa impugnada em diversas ocasiões, que oferece um panorama da corrida eleitoral pela Prefeitura de São Luís.
Os números, coletados entre os dias 27 e 31 de agosto, são anteriores ao início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, o que pode influenciar a percepção dos eleitores e não refletir com precisão o cenário atual.
Segundo o levantamento do Instituto Veritá, o atual prefeito Eduardo Braide aparece com 58,5% das intenções de voto, enquanto Duarte Jr., seu principal adversário, figura em segundo lugar com 23,4%. Com essa margem, Braide venceria as eleições no primeiro turno se a votação ocorresse hoje.
Outros candidatos, como Wellington do Curso (1%), Franklin Douglas (0,7%), Flávia Alves (0,5%) e Saulo Arcangeli (0,4%), apresentam índices abaixo de 1%.
A pesquisa ouviu 1.202 eleitores na capital maranhense e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MA-03511/2024.
Com uma margem de erro de 3%, o estudo aponta também o percentual de eleitores indecisos ou que optaram por não responder, que somam 8,1%. Votos brancos e nulos representam 1,4%.
A principal crítica à pesquisa é o fato de ter sido realizada antes do início oficial da propaganda eleitoral nos meios de comunicação, o que pode alterar o cenário atual.
O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) divulgou a divisão do horário eleitoral gratuito, que vai ao ar entre 30 de agosto e 3 de outubro. Dos oito candidatos na disputa, cinco tem direito ao horário eleitoral gratuito no rádio e na TV.
Duarte Júnior, candidato pelo PSB, que conta com o apoio de onze partidos, tem o maior tempo à disposição. Eduardo Braide, atual prefeito e candidato pelo PSD, vem em segundo lugar.
Os outros três candidatos com tempo de propaganda são Fábio Câmara, com trinta segundos, Franklin Douglas (PSOL), com vinte e sete segundos, e Flávia Alves (SD), com dezenove segundos.
Outros três candidatos, Yglesio Moyses (PRTB), Wellington do Curso (Novo) e Saulo Arcangeli (PSTU), não têm tempo de TV ou rádio, nem a obrigação de participar de debates nas emissoras.
O Instituto Veritá já foi impugnado em ocasiões anteriores, e a divulgação de dados anteriores ao início das campanhas no rádio e na TV levanta questionamentos sobre a precisão e atualidade do levantamento.
O panorama pode sofrer mudanças com a exposição midiática e os debates públicos, especialmente à medida que os eleitores tiverem mais contato com as propostas dos candidatos.
