
CHINA, 27 de julho de 2023 – Um grupo de pesquisa sem fins lucrativos, a Environmental Progress, revelou que os painéis solares fabricados na China produzem três vezes mais emissões de carbono do que o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU afirmava anteriormente.
Enquanto o IPCC estimava a pegada de carbono dos painéis solares em cerca de 48 gramas de CO2 por quilowatt-hora (kWh), o relatório do Environmental Progress aponta que as verdadeiras emissões podem variar entre 170 a 250 gramas de CO2 por kWh, entre três a cinco vezes mais que o relatado.
A análise indica que o IPCC estava subestimando as emissões ao basear seus cálculos em uma cadeia de suprimentos de baixo carbono da Europa, enquanto os painéis são majoritariamente fabricados na China, onde a produção é altamente dependente de carvão. A crescente participação da China na produção de painéis solares é impulsionada por fatores como energia barata a carvão, subsídios governamentais e condições precárias de trabalho.
Embora os painéis solares tenham sido considerados uma alternativa ecológica, especialistas alertam sobre o impacto ambiental holístico da indústria, incluindo a produção de lixo de painéis solares “de proporções existencialmente prejudiciais”. Um estudo da Harvard Business Review ressalta que os painéis solares estão sendo substituídos mais rapidamente do que o esperado, resultando em um crescente acúmulo de lixo, a menos que medidas para reduzir os altos custos de reciclagem sejam adotadas.
A questão do desperdício tornou-se uma preocupação crescente com a proliferação de fontes de energia renováveis, como a energia solar, nos Estados Unidos, onde a capacidade instalada de energia solar já atinge cerca de 149,5 gigawatts. Estima-se que a capacidade instalada de energia solar atinja 378 gigawatts até 2028 no país.