PERNAMBUCO, 19 de março de 2024 – As construtoras envolvidas nos escândalos de corrupção da Petrobras revelados pela Operação Lava-Jato, Andrade Gutierrez e Novonor (ex-Odebrecht), se preparam para retomar obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco.
A Rnest já consumiu bilhões de reais em investimentos, estimados em cerca de R$ 100 bilhões, mas foi alvo de investigações que apontaram superfaturamento e má gestão dos recursos públicos.
O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou um sobrepreço de pelo menos R$ 2,1 bilhões nas obras da refinaria.
Em janeiro deste ano, Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, afirmou que o retorno das obras da Rnest iria custar de R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões. Em evento que contou com a presença do presidente da República, Prates alegou que a refinaria é um exemplo de “superação” e “volta por cima”.
Já a Petrobras afirmou que o processo referente às obras da Rnest está em andamento, na fase legal de “Efetividade”, depois do recebimento das propostas no último dia 14 de março.
“As sugestões recebidas, que são de conhecimento público, estão em fase de análise pela Comissão de Licitação e, portanto, não há o que se falar em empresa e nem proposta vencedora no momento”, se pronunciou a companhia.
A construção de uma segunda unidade de refino terá capacidade de produzir 145 mil barris de diesel por dia.
A primeira unidade de refino de Abreu e Lima começou a operar no fim de 2014. O projeto original tinha expectativa de uma segunda unidade, mas esta foi descartada em 2015.
No governo Bolsonaro, a estatal colocou a Rnest à venda junto com outras sete refinarias. Entretanto, não houve interessados.