SAÚDE

Novo aciona TCU contra parceria de Ministério com esquerda

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TCU Novo
Parlamentares do Partido Novo alegam favorecimento a aliados do governo Lula no processo de seleção do AgPopSus.

BRASÍLIA, 28 de junho de 2024 – A bancada do Partido Novo acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) nesta semana pedindo a suspensão do resultado final de um processo seletivo do Ministério da Saúde.

O programa em questão é o AgPopSus, destinado à formação de agentes educadores populares do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os deputados federais Adriana Ventura (SP), Gilson Marques (SC) e Marcel van Hattem (RS), juntamente com o senador Eduardo Girão (CE), participaram da ação.

Eles questionam a parceria do Ministério da Saúde, liderado por Nísia Trindade, com entidades alinhadas ao governo Lula e movimentos de esquerda para a formação de líderes comunitários que atuarão como agentes do SUS em comunidades carentes.

O orçamento para o financiamento das formações é estimado em R$ 23,7 milhões. Entre as entidades beneficiadas estão o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Outros grupos contemplados incluem o Levante Popular da Juventude e organizações que se definem como revolucionárias e anticapitalistas.

O programa prevê a formação de 400 turmas, cada uma com dois professores e 20 alunos indicados pelos movimentos. Cada professor receberá R$ 2,5 mil durante os seis meses do curso, enquanto os alunos terão direito a uma ajuda de custo de R$ 480.

Questionamentos do Partido Novo

Na representação ao TCU, o Partido Novo questiona os critérios de seleção dos grupos e destaca a falta de critérios técnicos e objetivos. Segundo o documento, os critérios que geraram suspeitas foram: “compromisso com a democracia”, “defesa da ciência” e “combate às fake news”.

O partido enviou um requerimento de informação (RIC) ao Ministério da Saúde, solicitando uma explicação clara sobre esses critérios. No entanto, o ministério não conseguiu esclarecer as dúvidas do partido em sua resposta.

O Novo acredita que a falta de critérios técnicos confere “grande espaço discricionário” para que a administração escolha os movimentos sociais populares com base no alinhamento ideológico com o governo Lula, resultando em uma postura “evidentemente imoral e incompatível com o princípio da impessoalidade”.

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