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Norte e Nordeste registram aumento de casos agudos de covid-19

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Covid nordeste
Pesquisador da Fiocruz explica que o Norte demorou a ser afetado pelo crescimento da covid-19 ocorrido no segundo semestre de 2023.

BRASIL, 02 de fevereiro de 2024 – Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por covid-19 estão apresentando uma tendência de alta em estados das regiões Norte e Nordeste, informa o último boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Essa movimentação contrasta com a tendência de queda observada no resto do Centro-Sul do país.

A análise considera os dados da semana de 21 a 27 de janeiro e das seis semanas anteriores, inseridos até 29 de janeiro no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

A SRAG por covid-19 refere-se aos casos em que os pacientes apresentam sintomas respiratórios mais agudos durante as infecções, sendo um parâmetro essencial para monitorar a incidência de vírus e bactérias que afetam o sistema respiratório, como o SARS-CoV-2 e o Influenza.

O pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, explica que o Norte demorou mais a ser afetado pelo crescimento da covid-19 ocorrido no segundo semestre de 2023 no restante do país.

“O aumento começou pelo Centro-Sul e afetou o Nordeste no final do ano passado, chegando ao Norte apenas agora na virada do ano”, observou Gomes.

O boletim destaca um aumento da SRAG por covid-19 em estados como Amapá, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Tocantins. Em contraste, Alagoas e Rio Grande do Norte apresentam uma interrupção na tendência de crescimento.

Segundo a Fiocruz, nas últimas oito semanas, a incidência e mortalidade por covid-19 mantêm um maior impacto nas crianças até 2 anos e na população a partir de 65 anos de idade.

“Enquanto a incidência de SRAG apresenta impacto mais elevado nas crianças até dois anos de idade, em termos de mortalidade temos o inverso, com a população a partir de 65 anos sendo a mais impactada”, destaca Gomes.

No decorrer deste ano, já foram registrados 4.240 casos de síndrome respiratória aguda grave, sendo que 35% deles foram causados por algum vírus respiratório. Dentre esses casos virais, dois terços são resultado de infecções pelo SARS-CoV-2.

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