
A professora Isabel Oliveira, de 43 anos, tirou a roupa dentro de um supermercado Atacadão, do grupo Carrefour, na cidade de Curitiba (PR), em manifestação contra racismo. O caso ocorreu no último final de semana quando ela fazia compras e disse ter sido perseguida por seguranças do estabelecimento por mais de 30 minutos.
Por meio de suas redes sociais, Isabel publicou um vídeo relatando a situação e disse que se sentiu tratada como uma “marginal”. “A gente não pode continuar sendo tratada como se fosse um marginal. Eu só estava fazendo as minhas compras, eu não estava oferecendo risco para ninguém”, declarou. Horas depois, Isabel retornou ao estabelecimento e andou de roupas íntimas pelos corredores do supermercado como forma de protesto. Em seu corpo, havia a pergunta: “Sou uma ameaça?”.
O caso, inclusive, foi destacado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante reunião ministerial para celebrar os 100 dias de governo. Na oportunidade, Lula afirmou que é preciso mandar um aviso para a direção do grupo Carrefour.
“O Carrefour cometeu mais um crime de racismo com uma cliente negra. Temos que dizer para a direção do Carrefour: se eles querem fazer isso no país de origem deles, que façam, mas não iremos permitir que eles ajam assim aqui”, disse o líder petista.
Em nota, o Atacadão disse que “não identificou indícios de abordagem indevida” após ouvir os funcionários envolvidos e analisar as imagens das câmeras de segurança. A empresa também lamentou o caso e disse que se colocou à disposição de Isabel.
Leia a nota completa do Atacadão, supermercado do grupo Carrefour, que é uma rede internacional de supermercados sediada na França:
“A empresa informa que apurou o caso, ouvindo os funcionários e analisando as imagens de câmeras de segurança, e não identificou indícios de abordagem indevida. Desde as primeiras manifestações da cliente no local, a supervisão e a gerência da loja se colocaram à disposição para ouvi-la e oferecer o devido acolhimento. Lamentamos que a cliente tenha se sentido da maneira relatada, o que, evidentemente, vai totalmente contra nossos objetivos. A empresa possui uma política de tolerância zero contra qualquer tipo de comportamento discriminatório ou abordagem inadequada. Realiza treinamentos rotineiros para que isso não ocorra e possui um canal de denúncias disponível, dando total transparência ao processo. Ressaltamos, ainda, que nosso modelo de prevenção tem como foco o acolhimento aos clientes, com diretrizes de inclusão e respeito que também são repassadas aos nossos colaboradores por meio de treinamentos intensos e frequentes”.
Respostas de 2
Isso de fato acontece muito ,em quase todos os atacaremos,e supermercados,eles não fazem abordagem eles simplesmente ficam andando atrás da pessoa como que para prevenir que a pessoa não venha a fazer o furto,eles simplesmente desconfiam , e passam a seguir a pessoa de maneira ofensiva , se você reclamar ,eles colocam a imagem da pessoa no grupo de whatup dos fiscais ,e passam a compartilhar informações sobre a pessoa , onde a pessoa entrar ela passa a ser seguida ,eu passo por isso a muito tempo , e não consigo resolver.
Acho que todas as pessoas deveriam tomar uma atitude como essa que a professora tomou só assim eles passarão a não mais ofender as pessoas com suas atitudes.